A pista do Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, recebeu um reforço na sinalização para auxiliar pilotos nos procedimentos de pouso e decolagem. O trabalho ocorreu ao longo do mês de maio, pouco depois do município assumir integralmente a administração do terminal. A transferência da outorga (a responsabilidade pela gestão) do Estado foi oficializada em 28 de abril.
A manutenção atendeu a uma solicitação de empresas aéreas que operam no terminal e vinham relatando o desgaste da pintura. Dos 2 mil metros de pista, os 1.670 metros operacionais receberam as melhorias. O trabalho foi realizado por uma empresa contratada pelo município, que também atua na sinalização viária. Não houve necessidade de reparos no sistema de sinalização noturna. Segundo a Secretaria de Trânsito, a última obra na pista do aeroporto ocorreu em 1999.
— A manutenção estava extremamente deficitária. Assim que assumimos a outorga, nos reunimos com as operadoras do aeroporto, tanto empresas de voos comerciais, quanto de operadores de aviação privada. As áreas de toque das aeronaves no solo estavam com a demarcação quase totalmente apagada. (A falta de sinalização) prejudica bastante, é como andar em uma estrada sem sinalização — aponta o secretário Alfonso Willembring.
Conforme o secretário, o objetivo a partir de agora é fazer manutenção e reparos constantes, não apenas na pista, mas também em outros pontos da estrutura. Já estão nos planos melhorias na área de embarque e desembarque e também no cercamento do complexo, para evitar a entrada de animais, por exemplo.
Uma avaliação realizada recentemente pela Infraero constatou que o atrito da pista está dentro das normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Dessa forma, um recapeamento asfáltico não deve ser necessário em menos de dois anos, embora pequenos reparos são previstos para o próximo ano.
Transferência de gestão
Embora a outorga já esteja oficialmente nas mãos do município, a transferência da gestão propriamente dita ocorre de forma gradual. As operações já são responsabilidade do município, mas nem todos os 28 contratos firmados para o funcionamento do terminal migraram para a nova administração. A expectativa é de que todo o processo seja concluído neste mês.
Na próxima semana, o município deve receber as primeiras receitas operacionais do terminal, que antes ficavam com o Estado. Os recursos têm origem em taxas de embarque de passageiros, de estacionamento de aeronaves e de aluguéis, entre outros.
— Vamos criar uma conta específica e os recursos serão utilizados no aeroporto — destaca Willembring.