Não foi apenas o número de casos positivos para o coronavírus que aumentou durante o mês de janeiro, mas a quantidade de mortes também cresceu. Ao todo, foram 53 registros nos municípios do Nordeste gaúcho, o que representa um aumento de 43,2% em relação a dezembro de 2021 – que teve 37. Por outro lado, a quantidade de óbitos não disparou na mesma proporção dos diagnósticos da infecção, cuja explicação é atribuída à vacinação.
Entre essas mortes confirmadas ao longo dos primeiros 31 dias de 2022 – com a maior incidência registrada na segunda quinzena –, o que chama atenção é o perfil das vítimas. A maioria eram idosos com comorbidades. Naqueles mais jovens que acabaram falecendo por complicações com o vírus, também foram as comorbidades que agravaram o caso e levaram ao óbito. Na terça-feira (1º), no primeiro dia de fevereiro e ainda com reflexos do mês passado, foram mais 11 novos registros.
Os números parecem ser altos, já que segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde há uma variação positiva de 144% nos últimos sete dias. Só que em uma comparação com os piores momentos da pandemia, a estatística é mais baixa. A média mensal ficou pouco acima de três óbitos a cada 48h. Entre março e abril de 2021 chegou a ser quase 10 mortes diárias.
Outro destaque nessa variação mensal foram óbitos em pequenos municípios. Esmeralda é um desses exemplos, já que a última morte em 2021 havia sido em 31 de maio. Em janeiro, a SES confirmou mais duas vítimas para a cidade de 3.287 habitantes. Ipê, Campestre da Serra, Nova Pádua também fazem parte dessas pequenas localidades que voltaram a registrar mortes causadas pela infecção.
Por fim, Bento voltou a registrar dois dígitos de vítimas em um mês. São Francisco de Paula, Gramado e Vacaria tiveram três óbitos cada, ao longo de janeiro. Com as hospitalizações ainda em ascensão é difícil prever quando se atingirá o pico ou ainda o quanto o número de mortes poderá reduzir, tudo dependerá especificamente da circulação do vírus dentro da comunidade.