Uma manifestação na manhã deste domingo (19), em Barão, reuniu dezenas de amigos e familiares de Geovani Biancho, 42 anos. Ele morreu no dia 11, após ser agredido durante uma partida de futebol no interior de Carlos Barbosa. O agressor foi ouvido pela Polícia Civil no dia seguinte e liberado.
O grupo se reuniu no ginásio esportivo do município e seguiu até a Igreja Matriz de Barão, onde foi celebrada uma missa em homenagem ao jogador, por volta de 9h30min. Vestidos de branco, com balões e cartazes, os amigos e familiares pediam justiça para o caso. Alunos do projeto Escolinha de Futebol Primeiro Drible, onde Biancho dava aulas, também participaram do ato uniformizados.
— Queremos pedir paz e que a justiça reverta essa decisão. A população está indignada que o agressor está solto — explica Everton Fagundes, amigo de Biancho.
A agressão que resultou na morte de Biancho ocorreu durante um amistoso na localidade de Torino na tarde do dia 11, sábado. Biancho, que era um dos jogadores, caiu desacordado após ser atingido com um golpe conhecido como "voadora", que é quando uma pessoa toma impulso antes de dar um chute na vítima. Ele recebeu os primeiros socorros de integrantes dos Bombeiros Voluntários de Carlos Barbosa que estavam de folga, assistindo à partida.
A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e conduziu a vítima até o Hospital São Roque. Antes de chegar a ser transferido para o Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves, Biancho não resistiu e morreu por volta da meia-noite.
O agressor foi identificado e interrogado na manhã de domingo (12) pela Polícia Civil. Conforme o titular da Delegacia de Polícia de Carlos Barbosa, Marcelo Ferrugem, o homem de 21 anos admitiu o fato, dizendo não imaginar que poderia causar a morte da vítima. Por não se tratar de uma situação de flagrante, ele foi ouvido e liberado.