O projeto para construção de uma Estação Principal de Integração (EPI) na Avenida Rio Branco, em Ana Rech, aguarda a aprovação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), em Brasília, antes de avançar. Essa autorização é a última etapa antes do lançamento da licitação para contratar a empresa que executará a obra de implantação da EPI, que ficará localizada em um terreno em frente à Marcopolo. A construção da estrutura para o transporte coletivo de Caxias do Sul está orçada em cerca de R$7,5 milhões e será financiada com recursos do programa federal PAC Mobilidade Médias Cidades.
De acordo com o secretário municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Alfonso Willembring, o projeto final foi encaminhado há cerca de dois meses para a Caixa Econômica Federal, que posteriormente enviou a documentação para aprovação do MDR. Como o trâmite depende dos órgãos, não há um prazo para o retorno com a aprovação do projeto.
Ainda de acordo com o secretário, assim que a SMTTM receber a aprovação do governo federal, é possível lançar a licitação. Willembring acredita que, mesmo faltando dois meses para o término do ano e com os recessos na segunda quinzena de dezembro, seja possível iniciar as obras ainda neste ano. A expectativa é de que a construção leve entre 12 e 14 meses.
— O prazo é uma incógnita porque depende de uma avaliação do ministério. Trabalhamos para viabilizar o início das obras o quanto antes, mas nesse momento não depende somente do nosso esforço. Caso ocorra tudo certo com a licitação, é possível que tenhamos movimentação ainda neste ano — explica.
A obra é estratégica porque permitirá a troncalização do transporte coletivo entre a Zona Norte e o Centro de Caxias do Sul. A nova estação será o destino das linhas dos bairros do entorno e também das intramunicipais, que atendem localidades e distritos como Criúva, Mulada, Vila Seca, São Bráz e Parada Cristal, entre outros. No terminal, passageiros poderão realizar a integração com uma linha troncal, que canalizará o fluxo em direção ao centro e permitirá desafogar o trânsito na BR-116.
Ao contrário das EPIs Floresta e Imigrante, em operação desde 2016, a EPI Ana Rech será do tipo aberta. Dessa forma, o passageiro que embarcar na estação pagará a tarifa no próprio ônibus e não em uma catraca no acesso. Já a integração entre as linhas será realizada por meio do cartão do transporte e não pelo embarque nas portas traseiras. Esse modelo já é adotado, por exemplo, por passageiros que realizam a integração em pontos de ônibus do centro.
Próximas obras dependem de projetos e recursos
Com a construção da EPI em Ana Rech, na região Norte da cidade, o Executivo chega ao último projeto de mobilidade planejado desde 2013, que incluiu a construção das EPIs Imigrante e Floresta e também a execução de corredores de concreto em ruas e avenidas de Caxias do Sul — esses últimos todos finalizados. Segundo o secretário, o entendimento da administração é que não seja necessária a construção de novos corredores de concreto nos próximos anos.
O mesmo não ocorre com as EPIs. A partir de agora, para viabilizar novas estações, o município precisa realizar projetos e buscar recursos de financiamento para as obras. De acordo com Willembring, a administração estuda a possível implantação de uma EPI na região do bairro Belo Horizonte e também na região Sul, para que o projeto de troncalização do transporte coletivo urbano contemple todas as regiões da cidade.