Com o novo modelo de contenção da pandemia divulgado nesta sexta-feira (14) pelo governo do Estado, os prefeitos de municípios da Serra vão se reunir no final de semana para decidir quais protocolos serão adotados pela região. O dia do encontro não estava definido até as 19h desta sexta-feira (14). O conglomerado, liderado pela Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), reúne 49 municípios.
O novo sistema, que substitui o modelo de bandeiras, dá mais autonomia para as prefeituras. O Piratini agora dará apenas indicações gerais, como o uso de máscara e distanciamento físico. As atividades econômicas poderão funcionar em qualquer horário a a partir de domingo (16). Os critérios estabelecidos para os segmentos poderão ser flexibilizados desde que haja o apoio de dois terços dos prefeitos de cada região. Um exemplo é a ocupação máxima de 40% das mesas em bares e restaurantes.
— Agora, a gente vai analisar cada item, cada segmento e, dentro disso, faremos uma reunião neste final de semana com os prefeitos. Assim, veremos se vamos sugerir alguma alteração ou se a gente segue na primeira semana com o protocolo mínimo sugerido pelo Estado — disse o presidente da Amesne, Fabiano Feltrin, em áudio divulgado pela assessoria de imprensa no início da noite desta sexta-feira.
O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, disse que o município aguarda a decisão coletiva neste final de semana:
— Primeiramente, vamos aguardar a publicação do governo do Estado para que se tenha clareza do que será possível fazer. Durante o final de semana discutiremos medidas a serem adotadas regionalmente. Na segunda-feira pela manhã também haverá reunião do gabinete de crise do município. É importante destacar que será uma decisão coletiva dos prefeitos.
A Serra liderou, desde o início do modelo de distanciamento controlado, os pedidos por flexibilização das normas. Por isso, a expectativa é de regras mais brandas na região a partir do novo modelo, batizado de 3As. O novo sistema se refere aos níveis de risco que serão acionados em caso de tendência de agravamento de índices da pandemia: aviso, alerta e ação. Nesses casos, serão feitas cobranças de medidas às prefeituras e, em último caso, até mesmo uma intervenção do governo do Estado.
Os 3As
Aviso
- Ao detectar tendência de piora no cenário, o grupo de trabalho da Saúde (GT Saúde) irá emitir um aviso para a equipe técnica da região.
- Outros ocorrências, como queda no ritmo da vacinação ou instabilidade nos dados também levarão o GT Saúde a emitir aviso à região.
- Ao receber o aviso, a região deverá redobrar cuidados para o quadro de contaminação, sendo opcional adotar medidas de contenção.
Alerta
- Ao detectar tendência grave de piora no cenário, o GT Saúde informa o Gabinete de Crise sobre a necessidade de emitir um alerta para a região.
- Se Gabinete de Crise decide não emitir alerta, a região segue em monitoramento até a próxima reunião do GT Saúde.
Ação
- Caso o Gabinete de Crise emitir alerta, a região terá 48 horas para apresentar proposta de ações para conter contágio e saturação hospitalar.
- Se a resposta for considerada adequada pelo Gabinete de Crise, é imediatamente aplicada, e a região segue sob monitoramento do GT Saúde.
- Se a resposta for considerada insuficiente, o governo do Estado poderá determinar ações adicionais a serem aplicadas na região.