A Serra foi classificada pela sétima semana consecutiva na bandeira preta no modelo de distanciamento controlado do governo do Estado. A região foi apontada como área de altíssimo risco de contágio pelo coronavírus em 19 de fevereiro e, desde a segunda-feira seguinte, quando as regras começaram a valer, se mantém da mesma forma.
O mapa da 48ª rodada do modelo de distanciamento controlado indicou todas as 21 regiões epidemiológicas nas quais o Rio Grande do Sul foi dividido em risco máximo, com altíssima taxa de ocupação hospitalar e velocidade de propagação do vírus.
O governo estadual reiterou que esse já é o mapa definitivo, ou seja, não há possibilidade de envio de pedidos de reconsideração, como tradicionalmente ocorria, devido à gravidade do cenário. Também segue suspensa a regra 0-0, a partir da qual municípios sem registro de óbito ou hospitalização de moradores nos últimos 14 dias poderiam adotar protocolos de bandeira vermelha.
A cogestão regional segue permitida. Com isso, a região segue podendo adotar protocolos mais brandos do que os da bandeira preta até o limite da bandeira vermelha.
Com isso, fica mantida a suspensão de atividades não essenciais das 20h às 5h e para restaurantes, bares e lancherias, o horário limite para atender clientes de forma presencial é 18h. Além disso, aos fins de semana e feriados, a restrição de atividades presenciais durante todo o dia. A exceção será este sábado (3), quando ficará permitida a abertura de atividades não essenciais, como comércio e restaurantes, com as mesmas restrições de horário dos dias úteis. A suspensão geral das atividades foi mantida na Sexta-feira Santa (2) e seguirá no domingo de Páscoa (4).
A análise dos 11 indicadores em nível estadual desta semana mostra que houve redução de 20% no número de confirmados com covid-19 em leitos clínicos, assim como leve queda de 4% no número de internados pela doença em leitos de UTI. O levantamento aponta que o aumento no número de óbitos na semana foi bastante expressivo, com crescimento de 16% de uma semana para outra, de 1.824 para 2.124. É o maior registro em uma semana desde o começo da pandemia.