A instalação e a operação do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha são viáveis ambientalmente, conforme o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima). Eles foram divulgados na noite desta terça-feira (15) durante audiência pública realizada de forma virtual. Os documentos apontam, no entanto, a necessidade de implementação adequada de medidas mitigatórias e de projetos ambientais propostos — são 39 programas.
O estudo traz como preocupações o aumento na taxa de impermeabilização do solo, alteração na dinâmica hídrica; indução de processos erosivos e assoreamento dos corpos de água, aumento da emissão de ruídos, contaminação por hidrocarboneto e outros produtos químicos, supressão vegetal, risco de colisão entre fauna e aeronaves, alteração na rotina das comunidades locais e descontinuamento viário.
O documento foi elaborado pela Garden Consultoria Projetos e Gestão. O EIA-Rima é necessário para a obtenção de licença para realização da obra.
A área desapropriada que receberá o aeroporto regional compreende 445 hectares e está localizada na localidade de Tabela, em Vila Oliva. Dos R$ 30 milhões provenientes de financiamento com a Caixa, R$ 20,6 milhões são referentes às indenizações. O restante é voltado para investimentos em obras viárias e de infraestrutura, principalmente no entorno.
O orçamento estimado para a construção do aeroporto é de R$ 200 milhões e o recurso será proveniente do Fundo Nacional da Aviação Civil. O aeródromo terá capacidade de operação para Boeing 737, terminal de passageiros de 4,7 mil metros quadrados e 500 vagas, pátio com 26 mil metros quadrados, pista com 1,9 quilômetro de comprimento e 45 metros de largura, podendo receber oito aeronaves simultaneamente.
Os estudos do Aeroporto Regional da Serra Gaúcha tiveram início em abril de 2014, quando o Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias, foi declarado inviável para expansão.