A Serra permanece na bandeira laranja do modelo de distanciamento controlado do governo do Estado no período que inicia nesta terça-feira (18) e segue até o dia 24. Na sexta-feira (14), o mapa preliminar havia classificado a região na bandeira vermelha, considerado de alto grau de contágio do coronavírus, mas a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) teve recurso acatado.
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O governador Eduardo Leite destacou que a região de Caxias do Sul teve redução de óbitos, (de 39 há três semanas para 27 na semana passada), redução no número de internados em leitos de UTI por covid-19 (de 82 para 75) e queda no número de internados em leitos clínicos por covid (de 131 para 92). Segundo ele, também há uma estabilidade no número de internados por Síndrome Respiratória Aguda Grave em UTI (de 104 para 101) e aumento de leitos livres para atendimento de covid (de 69 para 97). No entanto, fez uma ressalva:
— Um ponto de atenção é o número de hospitalizações confirmadas para covid, de 123 e agora 159. Esse indicador gera evidentemente preocupação, mas na análise com os outros indicadores nós entendemos que o conjunto dos fatores analisados faz com que, com segurança, se possa estabelecer para a região da Serra gaúcha os protocolos da bandeira laranja, sem ofertar riscos à sociedade daquela região.
A coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, explicou que a classificação na bandeira vermelha havia sido influenciada pelos indicadores estaduais, principalmente a taxa de ocupação de UTI. No entanto, na análise de recursos, o gabinete de crise entendeu que os indicadores regionais e macrorregionais poderiam manter a Serra no protocolo da bandeira laranja.
– Há uma projeção de óbitos que é menor do que a que temos hoje. Na última semana foram 27 óbitos, e a projeção para daqui a duas semanas é de 25 – acrescentou Leany.
Protocolo regional para a próxima semana
Segundo o presidente da Amesne, José Carlos Breda, nesta semana a região vai apresentar o protocolo específico da Serra para a cogestão do modelo de distanciamento. Será necessária aprovação por maioria absoluta, ou seja, 2/3 dos prefeitos.
— Sei que algumas regiões fizeram, mas não dá pra fazer as coisas atropelando. Optamos por fazer com mais calma, mais segurança, para que a gente possa tê-lo em funcionamento a partir da próxima semana — destaca Breda.