Uma estrada alternativa à RS-448, bloqueada totalmente desde o dia 30 de junho devido a um desmoronamento no km 39,5, passará por alargamento para comportar veículos pesados. A via começa em Pinto Bandeira e termina na RS-448, em Farroupilha, próximo à ponte sobre o Rio das Antas, permitindo o acesso a Nova Roma do Sul, cidade mais impactada com a interrupção total do único acesso asfaltado.
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Embora seja estreito e recomendado apenas a veículos leves, a chamada estrada de acesso à Linha Jacinto Norte, tem sido utilizada também por caminhões que escoam a produção de Nova Roma do Sul. O motivo é que as balsas que ligam o município a Nova Pádua e Veranópolis ficaram inoperantes por vários dias nas últimas semanas devido às cheias dos rios das Antas e da Prata, situação que voltou a ocorrer nesta sexta-feira (17). Já a RS-437, que passa por Antônio Prado, aumenta muito a distância em relação a Farroupilha, além de não ser totalmente pavimentada.
Para melhorar as condições de tráfego, as prefeituras de Nova Roma do Sul, Pinto Bandeira e Farroupilha decidiram, na semana passada, unir esforços para o alargamento da estrada. Dos nove quilômetros do trajeto, seis passam em Pinto Bandeira e três em Farroupilha. Como a estrada não passa pelo território de Nova Roma, o município firmou um convênio com Pinto Bandeira para enviar o maquinário à cidade vizinha. A parceria foi aprovada na última quarta-feira (15) nas Câmaras de Vereadores das duas cidades. Inicialmente, Farroupilha deve atuar sozinha no trecho que passa pelo município, mas o prefeito Pedro Pedrozo não descarta participar do convênio.
— Quero fazer porque se precisar entrar com as máquinas em Pinto Bandeira, vamos entrar — afirma.
Segundo o prefeito de Pinto Bandeira, Hadair Ferrari, a estrada não terá um alargamento completo, mas ganhará pontos que permitam dois caminhões se cruzarem.
— Pretendemos fazer refúgios e onde tem curva, aí sim, alargar. Tem curvas que caminhões maiores não passam. Para eles (Nova Roma) é um acesso curto e rápido para Bento e Farroupilha. Pinto Bandeira também tem interesse em abrir essa estrada — destaca Ferrari.
Para que as máquinas possam começar a trabalhar, é necessário pelo menos cinco dias de tempo seco. Uma vez que as obras iniciarem, porém, a expectativa é de que sejam concluídas em 15 dias.
Desvio na RS-448 em estudo
A normalização do trânsito na RS-448 depende da reconstrução da estrada. Embora o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) tenha decretado emergência para agilizar a solução, a obra é complexa e deve levar meses. Por isso, uma alternativa cogitada para liberar parcialmente o tráfego na rodovia é a abertura de um desvio nas proximidades do ponto de desmoronamento.
Segundo o prefeito de Nova Roma do Sul, Douglas Pasuch, a intenção é abrir apenas uma pista para permitir o tráfego parcial. Para isso, parte da vegetação já foi removida e o terreno passa por estudos de topógrafos e geólogos.
— Pelo que estamos visualizando, teria uma detonação para fazer, mas não é de grande monta — revela.
Caso o desvio seja viável, também deve ser executado pelo Daer. Pasuch, contudo, estima que é possível ter a passagem aberta em até 45 dias.