O desmoronamento de parte da pista no km 39,5 da RS-448, em Farroupilha, completa um mês nesta quinta-feira (30). O trecho que liga o município a Nova Roma do Sul está completamente interrompido desde o dia 30 de junho, quando fortes chuvas acabaram ocasionando o estrago. Desde então, equipes das prefeituras dos dois municípios, bem como a Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra), colocaram-se à disposição do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) que, juntamente com a Secretaria Estadual de Logística e Transportes, estuda alternativas que possibilitem a reutilização da rodovia. No entanto, ainda não há solução definitiva em vista.
A abertura de uma nova pista a partir da escavação da montanha no trecho interrompido — mesmo que de forma provisória — foi uma das possibilidades apontadas. Em uma reunião realizada nesta terça-feira (28) com os responsáveis estaduais e a associação regional, tanto o prefeito de Farroupilha, Pedro Pedrozo (PSB), quanto o prefeito de Nova Roma do Sul, Douglas Fávero Pasuch (PP), reforçaram a possibilidade de um convênio por meio de máquinas e até mesmo de recursos financeiros para a realização da obra. A viabilidade da alternativa, que já havia sido levantada pelo Daer, será analisada após conclusão do estudo geológico.
— Eles nos disseram que o estudo deverá ser concluído até o final desta semana. Em um primeiro momento, queriam fazer a reconstrução. Mas o valor ficou muito alto, então estamos buscando essa alternativa que teria um custo bem menor e poderia resolver até de forma permanente a situação. Estamos aguardando o amparo técnico do Daer, que vai determinar o que será feito — aponta o prefeito de Nova Roma do Sul, um dos municípios mais prejudicados em função do desmoronamento.
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Ainda de acordo com ele, a estrada secundária utilizada desde o desmoronamento do trecho da RS-448, para circulação entre Pinto Bandeira, Nova Roma do Sul e Farroupilha, está em condições precárias, sobretudo para o tráfego de veículos pesados. Com a estabilização do clima, tanto a prefeitura de Farroupilha, que abrange 3 km do trecho, quanto a prefeitura de Pinto Bandeira, que abrange os outros 7 km, pretendem realizar melhorias ao longo dos próximos dias para garantir condições mínimas aos motoristas enquanto não há liberação da rodovia.
Por meio da assessoria de imprensa o Daer esclareceu que, para que haja segurança na execução dos serviços, é necessário um detalhamento técnico. "A região é de alto risco e exige um conhecimento prévio do material antes da execução da escavação. Os trabalhos de topografia foram concluídos e a próxima etapa é a sondagem geológica e geotécnica. A partir disso, o geólogo especializado e a empresa projetista irão definir e detalhar os serviços, apresentado-os, juntamente com o quadro quantitativo de materiais, para a autarquia. Portanto, neste momento, não há valores estabelecidos".
Em relação à proposta de convênio feita pelas prefeituras, o Daer disse que agradece a disponibilidade, porém reforçou que é preciso concluir a avaliação antes de executar qualquer intervenção no local.
Trajetos alternativos
Ainda sem previsão para recuperação do trecho da RS-448, os motoristas que se deslocam de Veranópolis em direção a Nova Roma do Sul podem utilizar a RS-437. Os que partem de Farroupilha devem seguir até Antônio Prado, pela RS-122, acessar a cidade e, então, pegar a RS-437 e a RS-448 para chegar a Nova Roma do Sul.