Está prevista para iniciar na semana que vem a aplicação dos 1,8 mil testes rápidos para detecção de contaminação por coronavírus em Caxias do Sul. O recurso fornecido pelo Ministério da Saúde será aplicado por agentes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) conforme orientação do órgão, que prevê a testagem de idosos residentes em casas asilares e os profissionais que atuam nesses locais que estejam com sintomas gripais.
De acordo com a diretora da Vigilância em Saúde e médica infectologista, Andréa Dal Bó, a norma técnica estipulada pelo Ministério da Saúde visa regular o uso correto, garantindo melhor eficácia do teste.
— O teste rápido por IgG e IgM, que é feito com sangue, tem uma sensibilidade maior após o sétimo dia do início dos sintomas, fora isso, a chance de dar falso-negativo é muito grande — explica a médica.
Até o momento, na cidade, eram testados pela SES profissionais da saúde, da segurança penitenciária, da Guarda Municipal, Fiscalização Municipal de Trânsito, Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento Estadual de Trânsito e do Instituto Geral de Perícias com sintomas gripais e pacientes em internação hospitalar por síndrome gripal.
Para o acompanhamento dos asilos, o município elaborou um plano com orientações de como isolar o paciente, notificar e outras informações caso aconteçam situações positivas.
— Iniciaremos nestes locais de longa permanência de idosos, visando evitar situações que ocorreram em outras cidades — completa Andréia.
Desde o início das medidas de isolamento social, as casas de repouso de idosos de Caxias do Sul mudaram suas rotinas, suspenderam visitas e intensificaram cuidados para proteção de seus moradores.
Surtos de contágio em asilos vem sendo registrados em diversos lugares do mundo desde o início da pandemia. Entre os mais recentes estão o de Piracicaba (SP), onde chegou a sete nesta terça-feira (28) o número de idosos mortos e 41 contaminados — entre moradores e funcionários — na casa de repouso Lar Betel.
