O número de pessoas picadas por aranha marrom cresceu 21% em 2019 na Serra Gaúcha em comparação com o ano de 2018. De 1º de janeiro a 27 de dezembro deste ano, 172 pessoas foram picadas na região da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). No mesmo período do ano passado, foram 142 pessoas. A 5ª CRS, sediada em Caxias do Sul, abrange 49 municípios.
Segundo Tani Ranieri, chefe da divisão epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), nem todo paciente que dá entrada em alguma unidade de saúde necessita do uso do soro.
— É importante que o paciente tenha uma foto da aranha e do local da picada. Após isso, são feitos exames para saber o estado de saúde e funcionamento de órgãos que podem ser afetados pela toxina. É depois desse processo que se define se o paciente precisa ou não do soro — explica.
Os sintomas após a picada são dor intensa no local, acompanhada de marcas, inchaço e vermelhidão localizados. Além disso, pode acontecer aumento do batimento cardíaco, suor excessivo, vômitos, diarreia, agitação e aumento da pressão arterial. Ranieri diz ainda que, nesta época do ano, as aranhas marrons deixam o seu habitat natural, causando mais acidentes. Ela ressalta ainda que é importante que a população preste atenção sempre que for vestir algo, que sacuda a roupa antes e bata o calçado no chão para se certificar de que não há aranhas.
Conforme a Coordenadora Regional da 5ª CRS, Tatiane Misturini Fiorio, o Estado solicitou ao Ministério da Saúde mil ampolas do soro antiaracnídico, porém só recebeu 300 ampolas. Entre 11 e 17 de dezembro deste ano, o Estado já havia distribuído 270 ampolas para as coordenadoria regionais de saúde. Nesse período, a região da SerraGaúcha recebeu 90 ampolas de forma fracionada. Do dia 2 até 27 de dezembro, foram 165 ampolas usadas de um total de 185 recebidas.