Após 10 dias de falta d’água em Gramado, a Corsan anunciou que trabalha num plano de ações para resolver o problema, recorrente nesta época do ano. Em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (31), o diretor de planejamento da companhia, André Finamor, garantiu a realização de obras a partir de janeiro para aumentar a capacidade de abastecimento do município.
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— Estamos traçando um plano que será apresentado ainda em janeiro. Temos que aumentar a produção de água bruta e água tratada, além de aumentar a reservação, garantindo o abastecimento de Gramado por 10 anos, mesmo com o crescimento acelerado da cidade.
Segundo Finamor, as obras estarão concluídas em aproximadamente 10 meses, evitando que a situação se repita em dezembro de 2020. Os picos de desabastecimento motivaram o prefeito João Alfredo de Castilhos Bertolucci (PDT), o Fedoca, a notificar a Corsan nesta segunda-feira (30). Ele não descarta a possibilidade de adotar medidas judiciais para resolver o assunto.
— A situação recorrente torna a gente um pouco impaciente, intolerante, porque todos os anos nós vivemos a mesma miséria humana que é tirar essa fonte de vida aos nossos consumidores — disse o prefeito, também em entrevista ao programa Gaúcha Mais desta terça (31).
Enquanto o abastecimento de água não é normalizado, 14 caminhões-pipa estão sendo utilizados para abastecer reservatórios de hotéis, pousadas e condomínios que solicitarem atendimento à Corsan. A água é transportada de cidades vizinhas, como Igrejinha e Três Coroas.