Grama cortada, brinquedos, bancos e quadra de esportes pintados. Graças à mobilização iniciada nas redes sociais e que levou estudantes, ex-estudantes, professores e amigos a dedicaram o sábado a um mutirão na escola, o Instituto Cristóvão de Mendoza, em Caxias do Sul, passou por uma transformação. Mas, com a suspensão das obras de reforma do colégio, orçadas em R$ 30 milhões, ainda há muito a ser feito para que o colégio, que já teve 4 mil alunos, se recupere e ofereça melhores condições estruturais.
Segundo Luciane Mallmann Pretto, 38 anos, voluntária e integrante da organização do mutirão, faltam, por exemplo, reparos em portas, vestiários e banheiros. Em reuniões durante esta semana, o grupo voluntário vai definir as próximas atividades, bem como contabilizar o dinheiro arrecado para a reforma. Luciane projeta novidades para a próxima semana e aguarda a presença do secretário estadual de Educação, Faisal Karam, em Caxias do Sul.
— O grande ponto é o valor que será destinado à reforma estrutural. Temos a informação de que o secretário virá a Caxias. Já contamos com o incentivo de alguns políticos daqui, que estiveram conosco no sábado. Eles nos prometeram apoio para que o Cristóvão de Mendoza receba o dinheiro necessário para a reestruturação — diz Luciane.
No sábado, a ação voluntária se iniciou às 7h é só teve fim quando a última gota de tinta foi derramada, por volta das 20h. A mobilização começou logo após a confirmação de que a reforma do Cristóvão não estava garantida pelo governo de Eduardo Leite. Mesmo com as pendências, Luciane destaca a presença de mais de 100 pessoas no sábado:
— Foi muito legal, mais até do que a gente imaginava. Um trabalho pesado, mesmo com o forte calor, mas conseguimos fazer muita coisa. Cortamos a grama, faltando apenas a parte de trás, onde será necessária uma retroescavadeira. Arrumamos o parquinho e fizemos a pintura nos cordões, na arquibancada e na quadra de esportes.