Com 21 anos completos neste domingo, a jovem Nathalia Rampon Flores é assinante digital do Pioneiro. Tem hábitos de leitura bastante diferentes de sua mãe, Ivanice, de 47 anos: enquanto a mãe folheia o Pioneiro logo que acorda, geralmente enquanto consome o café da mãe, Nathalia prefere ter acesso às notícias no celular. Gosta de se informar sobre política e economia, e é comum compartilhar ou receber links de notícias do Pioneiro com amigos pelas redes sociais.
— A assinatura digital permite ter acesso mais fácil a tudo. Conforme surgem notícias, a gente fica sabendo na hora — afirma.
Nathalia nasceu em uma terça-feira em que a capa do Pioneiro valorizava uma iniciativa do empresariado caxiense. Uma determinação do Banco Central havia dobrado taxas de juros e reduzido prazos de pagamentos no comércio em todo país. Empresários de Caxias, no entanto, decidiram não subir valores e facilitar condições de pagamento — naquele ano, a crise financeira também impactava na criação de empregos e no poder de compra dos caxienses, situação parecida que o país atravessa atualmente. A capa do Pioneiro daquele 4 de novembro de 1997 falava ainda da redução do número de estacionamentos para carros no centro de Farroupilha, além da preparação que a equipe do Juventude para um jogo decisivo contra o Bragantino no Alfredo Jaconi, pela série A do Brasileirão — o time da família de Nathalia, o Grêmio, também aparecia na capa, pela troca de técnico.
Nathalia não é a única filha do casal Ivanice e Valmor, 50. Tem um irmão, Gustavo, que nasceu em um sábado, 9 de maio de 2009. Nesse dia, histórias de mães com profissões diferentes, como acrobata, papeleira e voluntária, estampavam a capa do jornal. Isto porque, naquele fim de semana, era celebrado o Dia das Mães. Nathalia planeja ser psicóloga. Ela estuda no Centro Universitário FSG desde 29 de fevereiro de 2016, quando o Pioneiro mostrava que 410 mil visitantes já haviam passado pela última edição da Festa da Uva. Se a estreia em uma faculdade a deixou ansiosa, hoje, não titubeia: sente que está na profissão certa, e se possível, pretende atuar na sua cidade natal, Caxias do Sul:
— O que tenho certeza é que quero lidar com pessoas. E por que não aqui em Caxias? A cidade tem muita riqueza cultural, tem identidade. E é aconchegante.