A criatividade foi a estratégia que a direção, os professores e os alunos do 9º ano da Escola Municipal Ramiro Pigozzi encontraram para recuperar os muros pichados da instituição, localizada no loteamento Arcobaleno, em Caxias do Sul. A proposta da professora de Ensino Religioso Evelise Rezzadori Bevilaqua é que duas turmas ajudassem na restauração da estrutura por meio do grafite.
Leia mais:
Justiça considera ilegal a greve dos médicos de Caxias do Sul
Vereadores de Farroupilha conquistam mais de R$ 2,7 milhões para reerguer Hospital São Carlos
O artista gráfico Fábio Panone Lopes colaborou de forma voluntária como mediador e incentivador do projeto. Ele também promoveu conversas com as turmas envolvidas no projeto, na qual defendeu a função social e artística do grafite. Ao todo, 42 jovens participaram da atividade na sexta-feira.
— É o segundo ano que desenvolvemos o projeto chamado Ramiro Fazendo o Bem. O objetivo é realizar melhorias na própria escola com ações singelas. A ideia do grafite partiu de um grupo de alunos. Achei muito interessante, justamente porque é uma arte que representa a realidade da comunidade onde eles vivem — destaca Evelise.
Na extensão de duas paredes do muro que cerca a escola, foram grafitados valores positivos como igualdade, paz, sabedoria, educação e conhecimento.
— Além de tudo, são transmitidos ideais que defendemos na própria escola para a comunidade. Antes, havia pichações vulgares e sabíamos que, se simplesmente pintássemos, os muros seriam pichados novamente — comenta a coordenadora pedagógica da Escola Ramiro Pigozzi, Ivanilde Boff.
A ação foi desenvolvida nos turnos da manhã e tarde.
— Achei muito interessante e divertido. Nunca tinha visto o grafite dessa perspectiva — afirmou a estudante Gabriela Poletto, participante da ação.