A Polícia Civil localizou duas filhas de um santa-mariense apontado como o homem que teve o corpo esquartejado em Caxias do Sul. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, Rodrigo Kegler Duarte, as jovens moram em Porto Alegre e terão material coletado para exame de DNA. O resultado será fundamental para confirmar se os membros encontrados num contêiner de lixo, na madrugada de quarta-feira, são mesmo dele.
O nome da vítima está preservado pelo Pioneiro até que a Polícia Civil ou algum familiar confirme oficialmente sua identidade. Até o momento, não há reconhecimento formalizado, pois a única pista sobre a identificação é uma tatuagem num dos braços decepados do homem. Até a tarde desta sexta-feira, os agentes da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos trabalhavam com várias hipóteses para o assassinato, mas a principal ainda é a de crime passional. A princípio, não há suspeitos.
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Amigos estão intrigados com os últimos passos da vítima. No final de semana passado, o homem participou de um campeonato de cartas em Porto Alegre e teria retornado a Caxias. Uma mulher que estava se relacionando com ele pela internet prestou depoimento na polícia e negou qualquer envolvimento no caso. Ela apenas confirmou que havia marcado um encontro com o santa-mariense para o dia 1º de agosto, mas ele não compareceu. Foi neste dia que o assassinato pode ter ocorrido. Na madrugada seguinte ao dia do encontro, um catador encontrou parte do corpo da vítima dentro de um contêiner na Rua Sinimbu, perto da Praça da Bandeira, no bairro São Pelegrino. Horas depois, um amigo recebeu mensagens pelo WhatsApp supostamente enviadas pelo santa-mariense. No texto, ele informava que estava se mudando para o Rio Grande do Norte. Contudo, o assassino pode ter usado o celular da vítima para despistar conhecidos.
Conforme amigos, o santa-mariense morava com o filho pequeno havia cerca de dois meses em Caxias. O último endereço conhecido na cidade era no loteamento São Conrado, na região do Desvio Rizzo. Os agentes, porém, receberam informações de que ele havia se mudado poucos dias antes de sumir. A criança ainda não foi localizada, mas pode estar com a mãe em outro Estado. A mulher ainda não contatou a polícia, mas sabe-se que recentemente familiares dela estiveram em Caxias para tratar sobre a situação da criança. Conforme conhecidos da vítima, o relacionamento entre a mãe do guri e o santa-mariense era conflituoso. Em 2013, o homem chegou a comunicar o desaparecimento da mulher e do filho em redes sociais. As outras duas filhas são de um primeiro relacionamento.
Nenhum familiar do homem havia registrado ocorrência do desaparecimento até o final da tarde desta sexta-feira. Ele era filho adotivo e teria se distanciado dos parentes.