Pela terceira vez no ano, alguns serviços e setores públicos de Caxias do Sul devem sofrer reflexos da greve geral, que acontece nesta sexta-feira em todo o país. A mobilização, que foi convocada pelas centrais sindicais, é contra a lei da terceirização e as reformas da Previdência e trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
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Várias categorias decidiram participar do movimento, entre elas metalúrgicos, rodoviários, bancários, comerciários, professores e servidores municipais. Apesar do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do município afirmar que não devem trancar os portões da Visate, os ônibus podem circular com atraso, devido a possíveis bloqueios de rodovias e atos confirmados na área central da cidade: a Rua Sinimbu deve ser trancada às 10h, quando a maior parte dos manifestantes deve participar do protesto. Haverá outro bloqueio na via às 17h, porém, com expectativa de menor adesão.
Fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade devem atuar para que o corredor de ônibus na Sinimbu não seja bloqueado. Caso o trânsito seja interrompido em todas as faixas, as linhas do transporte coletivo serão desviadas a partir da Visconde de Pelotas, acessando a Bento Gonçalves e a Borges de Medeiros, e retornando ao itinerário normal pela Sinimbu. Além disso, outros pontos de bloqueio na cidade não são descartados pela prefeitura como nas Perimetrais, por exemplo.
De acordo com o Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), alguns membros de escolas do município também devem participar da greve. Na rede municipal, até a tarde desta quinta-feira, cinco instituições de ensino haviam informando adesão ao movimento: Caldas Júnior, Érico Veríssimo, Santo Antônio, Senador Teotônio Vilela e Zélia Rodrigues Furtado.
No comércio, apesar de o atendimento ser normal, os lojistas foram orientados a fechar as portas caso ocorram manifestações nas proximidades do estabelecimento, garantindo a segurança dos funcionários, clientes e do patrimônio. Já nos bancos, algumas agências devem permanecer fechadas.
Policiais militares irão fazer a segurança de pontos com maior aglomeração de pessoas.
OS IMPACTOS
Transportes
:: Os ônibus devem circular normalmente, pois o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Caxias afirma que não deve trancar os portões da Visate. Porém, conforme o presidente da categoria, Tacimer Kullmann da Silva, estão previstos diversos bloqueios em rodovias, organizados por diversos sindicatos da cidade.
Rodovias
:: Até o começo da tarde desta quinta-feira, estavam previstos protestos na BR-116, na ERS-122 e na RSC-453. Os pontos específicos em que os manifestantes estarão presentes não foram confirmados. Assim como aconteceu na outra greve geral, em abril, a Brigada Militar (BM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) devem monitorar as manifestações e garantir a circulação nas estradas.
Escolas
:: A Secretaria Municipal da Educação (Smed) já recebeu comunicados de algumas escolas do município que devem aderir ao movimento. Até a tarde desta quinta-feira, cinco escolas instituições enviaram um ofício informando a adesão. Pais e alunos foram avisados e as aulas serão recuperadas durante o ano letivo. O Cpers também irá participar da paralisação geral e convocou os professores.
Servidores públicos
:: As principais entidades de classe que representam servidores públicos no RS apoiam a greve e convocaram as categorias a aderir. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias (Sindiserv), vários setores municipais devem participar do movimento, mas devem manter ao menos 50% do setor em funcionamento.
Brigada Militar
:: Policiais militares não vão participar do movimento. A Associação dos Cabos e Soldados (Abamf) de Caxias informou que não deve aderir à mobilização.
Comércio
:: As lojas abrem normalmente em Caxias. Mas, o Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) afirma que cabe ao comerciante a decisão de manter o atendimento no estabelecimento ou optar por não atender os consumidores e liberar os funcionários. O sindicato também pede que os lojistas fiquem atentos às movimentações nas proximidades das suas lojas e, caso ocorram manifestações, a recomendação é para que o comerciante mantenha as portas fechadas, já que a prioridade deve ser a integridade dos funcionários, clientes e do estabelecimento comercial.
Bancos
:: Algumas agências bancárias devem aderir à paralisação em Caxias. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que tiverem algum contratempo nas agências podem recorrer a uma série de canais alternativos para transações financeiras: caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking, além de operações bancárias por telefone. A Federação não soube informar quantos bancos devem ficar fechados em Caxias. Até o começo da tarde desta quinta-feira, o Sindicato dos Bancários de Caxias do Sul também não havia confirmado se os profissionais vão aderir à greve. Porém, se as agências do município seguirem as mesmas orientações dadas os bancários de Porto Alegre, não haverá expediente.