A Polícia Civil indiciou três taxistas e três motoristas do Uber pela pancadaria que ocorreu no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em 13 de julho. Segundo o delegado Cléber Ferreira, as agressões ocorreram de ambos os lados e não é possível culpar apenas uma grupo. As informações são da Rádio Gaúcha.
– Nos preocupa muito. A qualquer momento vidas poderão ser ceifadas por causa dessas brigas – ressaltou o delegado Cléber Ferreira.
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O inquérito foi remetido à Justiça. Uma cópia também foi encaminhada para Empresa Pública de Transportes e Circulação. A EPTC é responsável pela fiscalização dos taxistas e também do Uber, que é considerado clandestino pela prefeitura, mas tem autorização da Justiça para funcionar na Capital. Assim que receber o inquérito, a empresa deve se manifestar sobre as providências que serão tomadas.
O tumulto se iniciou por volta das 7h de 13 de julho na área de embarque do aeroporto, durou poucos minutos e terminou com os seis motoristas lesionados. Um deles, que atende passageiros pelo Uber, foi encaminhado pela polícia ao hospital devido a um corte nas costas.
Logo após o episódio, que reacendeu o debate sobre novas formas de transportes de passageiros na Capital, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, voltou a pedir agilidade à Câmara de Vereadores para que vote o projeto de lei que regulamenta estes serviços pois, segundo ele, esta "tragédia é iminente". A previsão é de que a proposta seja votada neste mês.