O primeiro caso de mormo de Caxias do Sul do Sul foi confirmado nesta quinta-feira. O equino reside em uma propriedade no bairro Fátima. O laudo foi informado à proprietária do cavalo nesta manhã, e confirmado pela Inspetoria Veterinária de Caxias. O cavalo está isolado dos demais e a propriedade onde ele fica está interditada.
A doença infectocontagiosa que atinge principalmente cavalos, e pode ser transmitida para humanos, foi detectada em um exame feito em abril. A partir da confirmação do primeiro teste, solicitado à Inspetoria Veterinária de Caxias pela dona do bicho para que ele pudesse transitar, um segundo foi realizado na última terça-feira.
No ano passado, mais de 10 cidades gaúchas cancelaram os desfiles farroupilhas, em setembro, depois de uma ameaça de proliferação da doença. O primeiro caso de mormo no Rio Grande do Sul foi detectado em junho, em um equino de Rolante.
A doença
Nos animais
Em animais, o mormo normalmente se manifesta logo após a infecção. Não há tratamento e o animal precisa ser sacrificado e cremado no local onde estava. A área deve ser desinfetada, assim como todo o material que esteve em contato com o animal.
Nos humanos
A doença normalmente se manifesta em até 14 dias. A contaminação acontece pelo contato com animais doentes, tecidos ou culturas bacterianas em laboratórios. É preciso que ocorra o contato específico para que a doença seja transmitida, por exemplo, por meio de feridas e abrasões na pele. O indivíduo contaminado fica febril, com pústulas cutâneas, edema de septo nasal, pneumonia e abscessos em diversas partes do corpo. É uma zoonose de difícil tratamento, sendo, quase sempre, fatal.
Fonte: Comissão de Saúde Pública do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS