Duas escolas estaduais de Caxias do Sul têm interdições parciais por falta de garantia de segurança contra incêndios. O caso mais marcante é do Instituto de Educação Cristóvão de Mendoza, que tem o maior auditório da cidade, interditado desde julho de 2013. As saídas de emergência são ineficazes, há problemas de fiação elétrica e o carpete que cobre paredes também precisa ser substituído. Há falta sinalização de emergência e a pintura do teto está desgastada.
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Segundo a diretora Fabiana Simonaggio, o investimento é de quase R$ 54 mil. O colégio estava no Plano de Necessidades de Obras (PNO), que foi extinto pelo atual governo. A escola foi incluída em um pacote de 100 colégios em todo Estado que devem passar por obras. Apesar disso, a adequação não tem prazo para ocorrer. Por enquanto, atividades como formatura de alunos e show de talentos ocorrem em espaços improvisados, conforme a diretoria.
A outra escola com problemas é a Dante Marcucci, no bairro Cinquentenário. O laboratório de informática, inaugurado com cerimônia em 2012, tem 20 computadores que não podem ser utilizados porque a rede elétrica não suportaria a demanda e poderia causar incêndio. A direção afirma que a instituição pede a reforma para o Estado há mais de dez anos, mas não há expectativa para solucionar o defeito estrutural.
O apontamento de que a maioria das escolas da região não tem PPCI e esses casos de interdição preocupam o Cpers, sindicato que representa os professores da rede estadual. Embora reconheça as dificuldades de orçamento do Estado, o diretor do 1º Núcleo do Sindicato, Antônio Staudt, avalia que falta vontade política para regularizar a situação. No entendimento dele, o cenário atual representa falta de segurança para quem circula pelos prédios:
- Isso pode colocar em risco os alunos, os professores, a comunidade escolar. Nós temos várias escolas com problemas de infraestrutura, fiação elétrica, acessibilidade -critica.
O Ministério Público também está envolvido com assunto. De acordo com a promotora de justiça regional Simone Martini, houve avanço por parte do Estado, já que foi estabelecida a data para conclusão do projeto: dezembro de 2016. Esse era um pedido que existia desde a vigência da legislação, de acordo com ela. Cada município trabalha com data específica com o MP. Mas, conforme a promotora, estão dentro do previsto.
*Colaborou Raquel Fronza, do Jornal Pioneiro.