Lírico, filosófico, criativo, absolutamente regional. Esses são alguns dos adjetivos usados para descrever o trabalho do escritor Flávio Luis Ferrarini, que morreu no final da manhã desta terça-feira em decorrência de um acidente ocorrido por volta das 8h30min no Km 89 da ERS-122, na localidade de São Gotardo, em Flores da Cunha.
Confira abaixo os depoimentos dos escritores Gilmar Marcílio e Marcos Fernando Kirst e do professor e filósofo Jayme Paviani:
Depoimentos:
"Ele tinha uma escrita lírica com um viés filosófico, sendo econômico no dizer e pautado na razão e sensibilidade. Era um poeta lírico e existencialista, pois ia além do cotidiano, além das imagens que recolhemos durante a vida. Ler o Flávio era um recrudescimento dessa realidade fantástica".
Gilmar Marcílio, escritor
"Entre suas características estavam a criatividade e a originalidade. Ao mesmo tempo, falava das coisas mais simples e corriqueiras, mas não como as pessoas costumam falar, sempre com um toque de surpresa. Ele era absolutamente regional, do dia a dia, da nossa cultura, às vezes sendo crítico e em outras humorístico".
Jayme Paviani, professor e filósofo
"Ele era uma figura afável, exercitava no dia a dia uma modéstia extremada em relação à obra dele. Se perde um dos grandes moldadores da palavra escrita na história. Sempre fui um grande admirador da qualidade de Ferrarini, ele tinha uma capacidade de criar novas metáforas como nunca vi na literatura"
Marcos Kirst, escritor