A possibilidade de o aeroporto de Vila Oliva sair do papel por meio da iniciativa privada começa a ganhar forma. Uma empresa da Coreia do Sul é a primeira cujo interesse em investir no segundo aeroporto de Caxias do Sul é confirmada. Segundo o diretor de Infraestrutura e Política Urbana da CIC, Nelson Sbabo, trata-se da subsidiária sul-coreana Hyundai Engenharia e Construção, parte do grupo Hyundai, o maior conglomerado do país asiático. Na segunda-feira, representantes da empresa no Brasil foram recebidos pelo governador José Ivo Sartori (PMDB).
- A Hyundai é uma das que demonstrou, sim, interesse em construir o aerporto de Vila Oliva. Eles já administram aeroportos ao redor do mundo. Temos um diálogo muito próximo. Eles demonstraram números que nos espantaram, informações mais profundas até do que as que nós temos - afirma Sbabo.
Conforme o diretor de Infraestrutura, a empresa já realizou pelo menos três visitas a Caxias do Sul.
Em abril, Sbabo afirmou que cinco fundos internacionais e outros nacionais estariam interessados no negócio, mas preferiu não confirmar os nomes dos envolvidos. De acordo com a ideia apresentada pela entidade, a obra deixaria o programa de incentivo à aviação regional do governo federal.
Conforme Sbabo, os cinco interessados não investiriam juntos. Um dos fundos internacionais é que seria o único responsável por custear a construção do aeroporto, que teria capacidade para voos internacionais e passaria inclusive a transportar cargas.
Para a CIC, o transporte de cargas é uma das principais demandas do novo aeroporto, prioridade questionada por parte do empresariado.
No início do mês, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), deu sinal verde para que a iniciativa privada invista na construção de um novo aeroporto para Caxias, quando visitado por uma comitiva caxiense. Ele exigiu, no entanto, que o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) tome a frente da negociação, documentando uma "manifestação de interesse" dos investidores junto ao Ministério da Aviação Civil.
Conforme Sbabo, esse documento deve ser providenciado nos próximos dias.
Até as 21h desta segunda-feira, a reportagem não conseguiu contato com a Hyundai.
