O vigilante de 49 anos que entrou em confronto com os bandidos que tentaram assaltar o Banrisul de Ana Rech, em Caxias do Sul, na madrugada desta sexta-feira, relatou os momentos de pavor e deu detalhes do enfrentamento com a quadrilha.
Os ladrões teriam chegado à agência por volta das 3h. Os vidros da porta de entrada foram quebrados com a ajuda de marretas. O bando foi surpreendido pela presença do vigilante e houve troca de tiros. Em seguida, os ladrões fugiram no sentido Rota do Sol.
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Ao mesmo tempo, homens armados e encapuzados explodiram a agência do Banco do Brasil, que fica a 200 metros do Barinsul, na Avenida Rio Branco, uma das principais via de Ana Rech. O banco ficou totalmente destruído.
Segundo testemunhas, no Banco do Brasil, os ladrões conseguiram fugir levando dois sacos, provavelmente com dinheiro. Dois motoristas que passavam pelo local na hora foram feitos reféns.
A Avenida Rio Branco está bloqueada nos dois sentidos na manhã desta sexta-feira para facilitar o trabalho da polícia.
Abaixo, confira o relato do vigilante do Banrisul:
Pioneiro: como foi o ataque ao Banrisul?
Vigilante: Eu estava dentro da agência, nos fundos, e ouvi um barulho. Quando sai para ver o que estava acontecendo, na frente na agência, vi três homens encapuzados. Eles tinham quebrado a porta principal, que é de vidro. Em seguida, deram pelo menos dez tiros nas portas giratórias. Eu revidei e disparei uma vez contra eles. Em seguida, eles fugiram.
Em quantos eles estavam?
Eu não vi bem, mas os que estavam na entrada eram três encapuzados. Poderia haver mais gente, mas eu não sei, não consegui ver.
Que tipo de armas eles usaram?
O que eu vi foram armas curtas, mas o gerente do banco encontrou cápsulas de calibre ponto 40 e também algumas de arma longa, talvez um fuzil.
Quanto tempo durou a ação?
Foi rápido. Três minutos, mais ou menos. Como eu estava nos fundos da agência e tem uma cortina, eu não consegui ver como eles chegaram.
Eles chegaram a roubar alguma coisa?
Não. Eu só achei estranho porque eles não queriam ficar nos caixas eletrônicos. Eu acho que eles queriam entrar na agência.
O senhor ainda está nervoso?
Não. Agora estou tranquilo. A profissão te ensina a trabalhar. Sou vigilante há 16 anos e é a primeira vez que isso me ocorre.
Ataque
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