Suspeito pela morte de mais de 100 animais no ano passado em Bom Jesus, o vereador Rafael Oliveira Silveira (PP) não foi cassado. A decisão foi tomada nesta semana pela Câmara. Porém, ele não tem conseguido participar das reuniões devido às restrições impostas pela Justiça.
Silveira afirmou que não vai se pronunciar a respeito do caso. Para a Câmara de Vereadores, a questão da perda do mandato está encerrada: o vereador deve continuar normalmente com suas atividades. O único problema diz respeito à impossibilidade de Silveira participar das sessões, por determinação da Justiça.
O presidente da Câmara, Sérgio Billieri (PMDB), explica que por decisão judicial o vereador precisa estar em casa à noite. Isso o faz ter que sair das sessões às 18h55min, apenas 25 minutos depois de elas começarem. Devido ao período em que esteve preso, Silveira participou este ano de apenas duas reuniões.
Na última semana, Silveira encaminhou requerimento solicitando mudança no horário das sessões. O pedido é para que as reuniões comecem às 17h30min a partir de agora, e não mais às 18h30min, possibilitando sua participação. O pedido deve ser votado na próxima sessão, dia 25.
- Provavelmente ele vai conseguir. Boa parte dos vereadores deve votar a favor, porque ele já tem apoio da maioria - afirma o presidente da Câmara.
A expectativa é que a votação seja semelhante à que julgou a cassação do mandado. Segundo Billieri, apenas ele, Lucila Maggi e Jaziel Pereira, todos do PMDB, votaram a favor da cassação. Os vereadores Osmar Agostinho (PTB) e Flávio Castilhos (PP) se abstiveram, enquanto Valfredo Fonseca (PSDB), Lauri Fiaminghi (PP) e Diogo Krammer (PDT), além de Silveira, votaram contra.
Caso o requerimento não seja aceito, o salário do vereador deve ser suspenso. Conforme Billieri, o pagamento das sessões em que Silveira participou por apenas 25 minutos não será feito, sob pena de sanções do Tribunal de Contas.
O vereador Rafael Silveira foi denunciado, junto com outros três então funcionários da Prefeitura de Bom Jesus, pela morte de mais de 100 animais em novembro do ano passado. De acordo com o Ministério Público, a denúncia já foi apresentada contra os quatro réus e já foi realizada a primeira audiência do caso.
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