O corpo de Andrieli Almeida de Campos, 19 anos, uma das três vítimas de afogamento em Torres, é velado no salão comunitário do bairro 1º de Maio. Vizinhos e familiares prestavam as últimas homenagens à jovem.
Andrieli tinha oito irmãos, sendo que cinco residiam com a mãe dela no bairro. O irmão, Anderson da Silva de Campos, 17 anos, descreve a moça como sorridente, se dava bem com os parentes e gostava de música, especialmente funk. Já havia conhecido Torres com a família e adorava praia.
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A excursão a Torres que terminou com três caxienses mortos por afogamento seria um presente de final de ano para as crianças e adolescentes acolhidos na Casa Sol Nascente de Caxias do Sul.
Para cuidar da limpeza e das refeições, a direção da Sol Nascente convocou um mulher que presta serviços para a casa, Rosa Maria da Silva, 41 anos. Andrieli, filha dessa trabalhadora, seguiu junto para auxiliar a mãe e também curtir o passeio.
- A mãe contou que ela e as outras meninas estavam tirando foto quando uma onda as arrastou. O professor, que estava perto, tentou ajudar e entrou na água - explica Anderson.
Quando ligou para comunicar a morte da filha, Rosa relatou que uma onda havia levado a jovem. A mulher chegou a desmaiar quando soube do afogamento de Andrieli.
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Há alguns meses, a moça saiu da casa da mãe para morar com o namorado.
- Ela queria casar depois do Natal, no mês que vem - conta a tia de Andrieli, Adriana Moraes da Silva, 33 anos.
O enterro ocorre às 17h deste sábado. Andrieli será enterrada no Cemitério Público, Kérolin Ágata Teixeira Braghini no Cemitério dos Santos Anjos e Homero Miorin de Abreu no Cemitério Parque.
Ao todo, segundo a FAS, 11 crianças e adolescentes viajaram na companhia de quatro educadores sociais. Kérolin era acolhida na Casa Estrela Guia e foi convidada para a excursão.