Dois contêineres de lixo seletivo não insuficientes para armazenar os dejetos recolhidos por moradores de rua ou abandonados na BR-116, em Caxias do Sul. Eles moram na esquina da rodovia com a Rua Serafim Terra, no bairro Cruzeiro, em meio a montes de papelão, sofá e colchão velhos. Antes, viviam sob o viaduto da BR-116, que foi cercado pela prefeitura.
A situação piorou nos últimos dias. Além dos resíduos que homens e mulheres coletam para vender, outras pessoas têm despejado dejetos à beira da rodovia. No domingo à tarde, havia muito papelão, papel, plástico e até pedaços de madeira jogados na calçada.
Morador da Rua Serafim Terra, o representante comercial Máximo Antonio Casali, 61 anos, conta que no domingo de manhã um caminhão despejou lixo suportamente para que os pedintes vendessem.
- Mas eles vendem papel, plástico, essas coisas. Quem é que vai comprar a madeira que está ali? Vai ficar ali jogado - reclama.
Conforme o relato de Casali, os contêineres estão sempre cheios.
- O que para de carro nessa esquina... E se os contêineres estão cheios, jogam no chão. Todo fim de semana eu tenho que colocar luvas e catar lixo que fica na rua. Cato sempre uns três sacos de 100 litros cada - protesta.
No domingo pela manhã, Máximo telefonou para a Codeca pedindo solução para o impasse.
Cotidiano
Lixo acumula à beira da BR-116 em Caxias do Sul
Os resíduos são recolhidos por moradores de rua ou depositados na calçada por outras pessoas
GZH faz parte do The Trust Project