Depois de uma onda de roubos entre junho e julho, agora os estudantes do Colégio Estadual Henrique Emilio Meyer, em Caxias do Sul, temem a ação de bondes. Em uma semana, dois alunos foram abordados na rua. Recentemente, três estavam na calçada quando foram cercados por oito adolescentes. Um dos estudantes teve o boné roubado.
- Um deles pegou na minha barriga, me encostou no muro, pegou meu boné e fugiu. Voltamos para dentro da escola. Um dos meus colegas ficou com medo e chorou. Depois, eles correram em direção a uma parada na Rua Os Dezoito do Forte. Ficamos sabendo que roubaram mais pessoas lá também _ lembra um menino de 12 anos.
Na semana passada a abordagem foi mais agressiva: um aluno do 1º ano levou um chute no braço e outro nas costas a uma quadra da escola. Ele estava acompanhado por uma colega.
- Era quase meio-dia e um grupo de 10 guris, entre 15 e 18 anos, estava escorado em uma parede. Um deles veio falar comigo, perguntou se eu era o "Bruno" e me agrediu. Minha amiga pediu para parar e um deles confirmou que eu não era o rapaz que procuravam. Me deixaram ir - narra o estudante de 15 anos.
Os agressores são beneficiado pela falta de movimento nas redondezas. Na frente da escola, na Rua Vereador Mário Pezzi, está instalado o Senai. Ao lado, a antiga Maesa. Os integrantes dos bondes usam um parque na mesma quadra para se esconder.
- Pedimos que os pais e o transporte escolar sejam pontuais na saída dos alunos. Alguns esperam mais de meia hora. A nossa responsabilidade é muito grande. Nem temos mais fechado o prédio nos intervalos dos turnos com medo que aconteça algo com eles, só que não temos equipe para ficar com esses alunos - desabafa a diretora, Janice Moraes.
Insegurança
Bondes cercam Colégio Emilio Meyer, em Caxias, e assustam alunos
Um estudante foi agredido e outro teve boné roubado
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