Diante das manifestações em portas de fábrica, organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos, dificultando o acesso dos empregados ao trabalho, as empresas representadas pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) recorrem à Justiça para garantir o Interdito Proibitório. Trata de uma ação judicial que busca repelir algum tipo de ameaça de perturbação ou ofensa que impede o exercício da atividade.
Conforme Odacir Conte, diretor executivo do Simecs, os metalúrgicos que aderirem ao chamado estado de greve têm a liberdade de se manifestar, desde que não interfiram no direito daqueles que querem trabalhar e que não afetem o patrimônio de terceiros. O Interdito Proibitório foi deferido pela Justiça para algumas empresas do segmento metalúrgico, como Agrale, Mundial e Grupo Randon, determinando que os manifestantes abstenham-se de praticar qualquer ato ou ação que impeça ou restrinja o acesso de empregados.
Nesta terça-feira de manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos realizou assembleias simultâneas em frente da Master, Randon Implementos e Suspensys. Os trabalhadores permaneceram paralisados até as 10h em protesto à posição do Simecs de levar a decisão do dissídio à Justiça, em vez de manter o diálogo, e não ampliar a proposta de aumento salarial.
Os patrões oferecem 6,08% de reajuste, a reposição da inflação em 12 meses, e os trabalhadores reivindicam 13,5%. A intenção dos metalúrgicos é tentar negociar empresa por empresa e manter o estado de greve, o que significa que pode ocorrer paralisação a qualquer momento nas companhias.
Impasse na porta de fábrica
Metalúrgicas de Caxias recorrem à Justiça para garantir acesso de empregados ao trabalho
Interdito Proibitório busca minimizar efeito de manifestações do Sindicato dos Metalúrgicos em meio ao dissídio
GZH faz parte do The Trust Project