Dois policiais militares que atuavam em Bento Gonçalves foram condenados por concussão (extorsão ou peculato cometido por empregado público no exercício de suas funções). Eles integravam a Patrulha Ambiental (Patram) e eram acusados de cobrar propina para fazer vista grossa durante vistorias. O processo foi julgado nesta quinta na 2ª Auditoria da Justiça Militar de Porto Alegre. Eles já haviam sido declarados culpados pelo Conselho Permanente de Justiça.
Edson Rodrigues de Castro cumprirá nove anos de reclusão e Ricardo Moura Fagundes, quatro anos e seis meses. O Ministério Público solicitou a absolvição do soldado Ênio Daltro Papalia Flores por falta de provas.
Conforme denúncia do então promotor de justiça João Barcelos de Souza Júnior, os servidores exigiam dinheiro ou produtos a empresas vistoriadas. Em troca, deixavam de registrar irregularidades ambientais. O esquema teria ocorrido entre os anos de 2007 e 2010. Os policiais, antes mesmo da condenação, já haviam passado por um procedimento administrativo e excluídos da Brigada Militar.
Justiça Militar
Ex-brigadianos são condenados por cobrar propina durante vistorias em Bento Gonçalves
Um terceiro policial foi absolvido por falta de provas
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