Com quatro jogos com a camisa do Juventude, o goleiro Gabriel Vasconcellos já está na final do Campeonato Gaúcho 2024. O atleta chegou durante um momento turbulento, de incertezas em campo. Contudo, a partir da sua estreia, o time voltou aos trilhos. Ele fardou e foi para o jogo diante do Guarany de Bagé, nas quartas de final do Estadual, no Estádio Estrela D'alva. Na ocasião, o alviverde venceu por 4 a 0 e voltou a apresentar um bom futebol.
Em dois jogos contra o Inter, nas semifinais, o camisa 1 foi vazado em apenas uma oportunidade. Agora, o foco é na final contra o Grêmio. Sobre esta decisão em pouco tempo de clube, o goleiro comentou:
— Eu estou muito feliz de estar vivendo tudo isso, um momento histórico pro Juventude, pra mim, pra esse grupo. Então, estou aqui para somar, pra ajudar, estou aqui pra junto com os meus companheiros, a gente conseguir sonhar, batalhar, guerrear. Essa é a mentalidade que temos que ir para esse próximo jogo e pro ano inteiro — declarou o jogador do Juventude.
A partida de ida da grande final do Estadual será no próximo sábado (30), às 16h30min, no Estádio Alfredo Jaconi. Questionado se para ser campeão o time precisa conquistar uma vantagem em casa, o goleiro negou.
— Não. Para ser campeão, você precisa estar na frente depois dos 180 minutos. Então, assim, como vai ser, a gente não sabe, se vai ser no tempo normal, pode ser nos pênaltis, a gente não sabe. O que temos que fazer é competir — destacou o camisa 1.
PODER OFENSIVO DO GRÊMIO
Nas semifinais o técnico Roger Machado conseguiu anular o poder de criação do Inter. Nos dois jogos, o Alviverde foi superior ao adotar uma marcação alta e sem dar espaços aos atletas do meio-campo colorado. A dúvida é se o treinador irá adotar o mesmo modelo diante do Grêmio. Gabriel quis evitar comparações entre o ataque Tricolor e o Colorado.
— Cara, eu não gosto muito dessa questão de comparar, porque cada um tem as suas características, cada um tem as suas qualidades. A gente respeitou o Inter, vamos respeitar o Grêmio também e eles têm as qualidades deles e vamos treinar, tentar nos preparar da melhor forma para conseguir fazer um grande jogo, para competir de igual para igual. É um grupo muito competitivo, essa tem que ser a nossa identidade, então, é assim que temos pensado.
PÊNALTIS E A CAVADINHA
Para chegar à final, sua sétima decisão, o time precisou do drama dos pênaltis contra o Inter. Ao longo da competição, o Juventude oscilou, mas conseguiu se recuperar na hora certa. O time cresceu a partir das quartas de final e chegou na sua melhor fase da temporada para enfrentar um dos favoritos ao título.
— Sabia da dificuldade, sabia do desafio que era conseguir essa classificação diante de uma grande equipe. Então, parabéns a todo o elenco, a todas as pessoas envolvidas. E agora já passou, a gente já tem que pensar no próximo sábado, temos que pensar no próximo desafio. Essa é a mentalidade — afirmou o goleiro Gabriel, que ainda comentou sobre a defesa na cobrança de pênalti de Robert Renan, do Inter, que tentou uma cavadinha:
— Sempre estudamos os batedores. A gente tenta pegar o máximo de informações, também, tem mérito de todo o staff técnico que disponibiliza para a gente todos os dados possíveis, e eu tinha visto que em alguns momentos na carreira ele tinha usado essa estratégia. Então, tentamos criar em cima da estratégia dele uma estratégia nossa pra sairmos com o resultado ali. Fui feliz, a estratégia deu certo.