O grande mistério no time do Juventude para o jogo deste sábado (16), no Alfredo Jaconi, diante do CRB, veste a camisa 10. O craque Nenê não tem presença garantida no duelo que pode valer o regresso alviverde ao G-4, em caso de vitória.
O atleta saiu de campo mais cedo no domingo, em Goiânia, ao receber uma pancada na região da Panturrilha. Nenê participou do aquecimento das últimas duas atividades com o grupo alviverde. Na sequência, os treinos foram fechados e a presença do meia no restante da atividade não foi confirmada pelo técnico Thiago Carpini.
O comandante admite que terá uma conversa com o jogador para saber se ele poderá atuar. No entanto, como Nenê é visto no clube como "fominha" e sempre quer se colocar à disposição nas partidas, mesmo quando sente algumas dores, a avaliação também virá do Departamento Médico Alviverde.
— O feedback é do atleta. Claro que o departamento Médico dá sua opinião na parte clínica. Mas a pancada que ele sofreu foi muito forte na parte de trás da panturrilha. Não foi em cima de onde ele teve a lesão que o tirou do jogo contra a Chapecoense. Foi mais na lateral, próximo do tornozelo. O Nenê se recuperou bem. Tem feito os cuidados. É um cara muito dedicado. Ontem (quinta-feira) ele conseguiu fazer bem as movimentações. Hoje (sexta-feira) chegou sem dores, mas a região ainda está um pouco dolorida e pesada — revelou Carpini em entrevista coletiva antes do treinamento desta sexta-feira (15), no Alfredo Jaconi.
A atividade desta sexta teve como ênfase a bola parada. E Nenê é peça fundamental neste quesito.
— A gente vai avaliar a situação dele. É véspera de jogo. Faremos um treino de bola parada. É uma arma que temos essa bola parada com o Nenê. E se ele reunir condições, vai estar em campo e nos ajudar — apontou o técnico.
Mas se o camisa 10 não tiver condições, o treinador terá poucas alternativas para repor sua ausência.
— A dificuldade é grande. Difícil encontrar uma característica próxima do Nenê não só dentro do nosso elenco, pela capacidade técnica e poder de decisão que ele tem. Nós tentamos algumas situações com o Matheus Vargas ou com um atacante a mais, até por se tratar de um jogo dentro de casa. Mas há essa dificuldade —admitiu Carpini.
Matheus Vargas e Mandaca surgem como alternativa ao meio de campo. Se optar pela presença de mais um atacante, Victor Andrade e David podem permanecer na equipe. Gabriel Taliari também deve atuar mais à frente, uma vez que Erick Farias está reiniciando os treinos com bola, após ter um desconforto muscular.
O ataque é o principal ponto de interrogação no time. O Ju marcou apenas dois gols nas últimas seis rodadas da Série B.
— Voltando ao passado, nós não conseguimos suprir a saída de um centroavante como o Rodrigo Rodrigues. Dentro do elenco, não tínhamos essa característica. Fomos buscar no mercado e não vamos ter. Não adianta o torcedor querer um 9 como o Rodrigo porque hoje está muito escasso no mercado — comentou o treinador.
Uma provável formação do Ju para o sábado terá: Thiago Couto; Reginaldo, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Jadson, Vini Paulista, Matheus Vargas (Nenê); David, Victor Andrade (Mandaca) e Gabriel Taliari.