
A direção executiva do Juventude apresentou na reunião do Conselho Deliberativo de terça-feira (20) um pedido para aprovação de um novo orçamento para a temporada 2023, com investimento maior para o futebol. A proposta se deve a dificuldade que o clube tem em contratar atletas de maior renome e experiência, que possam agregar qualidade ao elenco, hoje formado por 34 atletas.
O pedido foi aprovado pelo conselho do clube. De acordo com um conselheiro, o aumento não será significativo, mas vai possibilitar que o clube tenha um gás nos primeiros meses da próxima temporada, quando historicamente as receitas diminuem. Além disso, o clube terá a possibilidade de, ao menos, competir para trazer os dois reforços pedidos pelo departamento de futebol: um meia e um centroavante experientes.
O Juventude trouxe até aqui 18 reforços. A maioria são atletas com vínculos encerrados com seus antigos clubes ou que vêm de empréstimos a custo zero. Clubes nordestinos têm demonstrado força ao contratar atletas oriundos, inclusive da Série A do Brasileirão. O Vitória, por exemplo, recém alçado à segunda divisão, contratou o centroavante Léo Gamalho, que estava no Coritiba.
Sem o aporte financeiro, seria difícil o Juventude competir em igualdade com estes adversários.
- No entanto, não significa que o clube tenha dinheiro para contratar quem quiser, terá apenas a possibilidade de trazer atletas por empréstimo ou jogadores livres no mercado. O investimento aprovado vai permitir que a gente possa aumentar o teto salarial do clube, especificamente para trazer esses jogadores experientes e que, por serem raros, exigem um investimento maior no mercado atual – apontou um conselheiro alviverde.
No planejamento orçamentário da direção, a queda para a segunda divisão diminuiu de R$ 80 milhões para R$ 20 milhões as receitas do clube. Internamente, o Juventude definiu uma média salarial entre R$ 20 e 30 mil.
As contratações de um meia e de um centroavante mais rodados no futebol brasileiro, entretanto, só devem acontecer em janeiro.