O clássico Ca-Ju deste sábado (26), às 16h30min, no Estádio Alfredo Jaconi, coloca frente a frente os rivais da cidade em condições bem diferentes no contexto geral e no Campeonato Gaúcho. Enquanto o Juventude está na Série A do Brasileirão e com um poder de investimento bem maior do que o seu rival, o Caxias terá mais um ano para tentar deixar a Série D e novamente tem no Gauchão o início do trabalho pensando na competição nacional.
No entanto, olhando a tabela do Estadual, o cenário se inverte. Quem surge com força para chegar nas semifinais é o Caxias, que entra na rodada na quinta colocação, contra o Juventude que luta para não cair para a Divisão de Acesso.
Mesmo com essas nuances de classificação e momentos dos clubes, o técnico Rogério Zimmermann não credita para sua equipe o favoritismo no Ca-Ju deste sábado. Na verdade, o treinador grená, ao ser questionado que era o favorito para o confronto, preferiu se ater em outros pontos:
— Não tenho a mínima ideia (de quem é o favorito). Na semana de um jogo importante, me concentro nas coisas que realmente têm relevância, que é treinar minha equipe. Vamos enfrentar uma grande equipe do outro lado — afirmou Zimmermann, que não faz relação da possibilidade de manter o rival na zona do rebaixamento com um incentivo extra para o seu trabalho:
— A minha motivação única é ser técnico do Caxias.
Dentro de campo, o Caxias terá dois retornos importantes. O lateral-direito Marcelo e o volante Davi Lopes voltam após cumprirem suspensão na vitória sobre o Novo Hamburgo, no domingo passado (20).
Além disso, o time teve um período maior de preparação para o Ca-Ju. Foi a primeira semana praticamente completa que Zimmermann teve para trabalhar com seu grupo após oito rodadas com jogos no meio e fim de semana. Apesar desse tempo maior, o treinador precisou administrar a parte física do grupo de atletas para não gerar mais problemas:
— Você vem de oito partidas seguidas e o jogador tem um certo desgaste. Tem que ter muito cuidado, porque tem alguns dias livres e quer fazer tudo que não fez de treinamento. Tem que ter calma, os treinos foram bem direcionados.
Será o primeiro clássico Ca-Ju de Rogério Zimmermann, que tem bastante experiência em outros jogos com a mesma característica. Até por isso, o técnico relativiza a importância do papel dos treinadores neste tipo de confronto.
— A ideia sempre é de equilíbrio. Não tenho o poder de deixar a equipe mais ofensiva ou defensiva, existem 22 jogadores em campo. A gente credita muito, tudo que acontece no campo, ao treinador, e esquece que são 22 jogadores que podem decidir a qualquer momento — analisou o técnico, que trata o Ca-Ju com a grandeza que ele merece, mas o coloca dentro de relevância de outras partidas sem a mesma tensão que um clássico:
— Sempre a próxima partida é a mais importante. Se tratando de um clássico, evidentemente que aumenta o grau de atenção.