Ao término da movimentada partida entre Caxias e Inter no Estádio Centenário, o técnico Lacerda valorizou o comportamento do time grená no empate em 1 a 1. Em uma análise de confronto, o comandante grená ressaltou a igualdade do duelo e as virtudes que sua equipe apresentou diante do Colorado.
— O Caxias foi bem no jogo. No primeiro tempo criou, teve a chance com o Tilica cara a cara, com o Gilmar. O Inter também teve a chance, mas aí o Pitol está ali para isso. É um grande goleiro. Um jogo muito parelho. No segundo tempo, voltamos com a mesma formação para ver como o time iria se portar. Deu uma melhorada, mas precisávamos jogar para a frente. Aí fizemos as trocas — afirmou Lacerda, ressaltando um dado importante na temporada grená:
— É o quarto jogo contra clube de Série A e o Caxias não perdeu (duas vitórias sobre o Grêmio e empate com Inter e Botafogo).
A sequência invicta contra adversários da elite nacional representa, segundo o treinador grená, uma forma do seu time se comportar dentro das partidas:
— Mostra um Caxias forte. Independente do adversário, a gente respeita muito. Nós enfrentamos um gigante do futebol brasileiro, independente se é titular ou reserva. Agora vamos enfrentar outro jogo dificílimo contra o São Luiz e vai ter que respeitar. Se formos a Ijuí achando que as coisas vão acontecer ao natural, não é assim que funciona. Esse é o Caxias que eu queria. Que joga de igual para igual com todos do interior, mas que joga de igual para igual com a dupla Gre-Nal.
A entrevista mostrou também o descontentamento do treinador com a arbitragem de Douglas Silva, que marcou um pênalti a favor do Inter no primeiro tempo.
— É muito difícil para os clubes do interior, os clubes menores. O Caxias foi muito prejudicado na Copa do Brasil. Aí eu vi que (os árbitros) fizeram um movimento de um minuto de silêncio. Somos contra qualquer forma de agressão. O que foi feito com o árbitro, não pode ser feito. Mas o Caxias perdeu dinheiro para caramba e os jogadores perderam visibilidade. No Gauchão, me informaram agora que a origem do lance do pênalti foi falta no Tilica. Eu não vi o lance, mas parece que o Diniz teve o contato. Mas Gauchão é de contato — afirmou o treinador grená, que usou os problemas no jogo do Juventude para embasar sua reclamação:
— Não quero criar polêmica, mas foi com o nosso rival aqui. Hoje (sábado) foram três pênaltis. Daí esse pênalti que ele deu aqui. Fizeram um minuto de silêncio na Copa do Brasil e agora, como vai ser? Os árbitros estão intimando os jogadores. Estão peitando. Isso é uma vergonha.
No dia 8 de março, o Caxias encara o São Luiz, em Ijuí. Para esse confronto Lacerda não poderá contar com o centroavante Da Silva e o zagueiro Laercio, que receberam o terceiro cartão amarelo. No entanto, terá os retornos do lateral-esquerdo Bruno Ré e do meia Carlos Alberto.