O jogo das 19h desta quinta-feira (31) entre Juventude e Brasil-Pel, no Estádio Alfredo Jaconi, é mais uma tentativa da equipe alviverde quebrar uma escrita que vem se repetindo nos últimos anos. Encontrar o Xavante não tem sido sinônimo de vitórias nos duelos recentes.
De 2014, quando o Brasil-Pel voltou a disputar a elite estadual, até o final do ano passado foram 11 partidas oficiais — incluindo Séries B e C do Brasileiro e Campeonato Gaúcho. Desses jogos, foram seis vitórias da equipe pelotense, quatro empates e apenas uma ganha pelo alviverde. Se contar os encontros no Alfredo Jaconi, os números são mais apavorantes.
Em cinco oportunidades, foram três derrotas e dois empates. O único triunfo do Juventude contra o Brasil-Pel nos últimos cinco anos aconteceu no dia 6 de março de 2016. O confronto pelo Gauchão, no Estádio Bento Freitas, terminou com o Ju vencendo por 1 a 0. Autor do gol, o ex-meia do Ju Hugo lembra daquele duelo:
— Foi um jogo difícil pois o time deles jogava junto há mais tempo, com muita marcação e pegada. Mas conseguimos fazer um grande jogo.
Para o atleta, os confrontos entre Papos e Xavantes são diferentes:
— Envolve muita coisa. Dá credibilidade para quem vence com a torcida. Se trata de um clássico. Não faz muita diferença a divisão que cada time está.
Última vitória em decisão
Em casa, a última vitória em jogos oficiais do Ju sobre o Brasil aconteceu em 2012, na primeira partida da decisão da Copa Hélio Dourado. A competição valia vaga na Série D do ano seguinte. No Jaconi, o time comandado por Lisca fez 2 a 1, com gols de Zulu e Maurício. Márcio Jonatan descontou.
Naquele grupo alviverde estavam Alex Telles, hoje no Porto-POR, Ramiro e Bressan, campeões da Libertadores pelo Grêmio, e o goleiro Fernando, que atualmente defende o Vasco. Mas a grande estrela do time era o centroavante Zulu. O ídolo dos Jaconeros lembra com carinho do duelo que encaminhou o título, ressaltando a rivalidade que se criou entre as equipes:
— Naquele momento, tanto o Caxias quanto o Brasil-Pel estavam na mesma proporção de clássico para nós. Um da cidade, mas o outro decidia nosso futuro. Não tínhamos calendário para o ano seguinte e precisávamos do título.
Para que o Ju volte a vencer o Brasil-Pel em casa depois de mais de seis anos, é preciso, segundo Zulu, uma sintonia campo e arquibancada:
— Cada momento tem sua história. É preciso jogar próximo, todo mundo. E a torcida junto dos jogadores já é um caminho para chegar perto da vitória.