Trata-se de um vício que não tem idade. Colecionar figurinhas do álbum da Copa é uma paixão que envolve desde as crianças mais pequenas, que ainda pouco entendem de futebol, até os adultos que mantém o costume a cada quatro anos.Com a proximidade do Mundial da Rússia, a febre ganha mais participantes. O desafio começou bem antes dos jogos. Nos últimos meses, vários locais em Caxias do Sul têm feito eventos para reunir os fanáticos pela troca dos cromos. Afinal, pedir as figurinhas que faltam para a editora não é o mais legal. O que vale mesmo é participar de forma efetiva da brincadeira.
O Brasil é o maior consumidor do álbum da Copa e basta dar uma olhada pelas bancas e livrarias para encontrar jovens ou experientes colecionadores. As rodas de trocas estão presentes no trabalho, nas faculdades e até nos recreios das escolas.
Rosiane Wagner e Frank Reis fizeram da coleção do álbum de 2018 uma missão familiar. Bernardo, de 12 anos, João Vitor, de 8 anos, tiveram o apoio dos pais para conseguir as 682 figurinhas.
— Garimpamos figurinhas em tudo quanto foi lado. Fiz contato com ex-colegas de trabalho e fomos em vários pontos de trocas. Os guris conseguiram trocar no colégio e meu esposo na empresa em que trabalha. Foi uma diversão, uma força-tarefa em família — comentou a funcionária pública Rosiane.
A corrida em busca dos colecionáveis que faltavam se tornou uma diversão. Tanto é que Bernardo chegou a ficar triste quando completou o álbum.
— Eles (filhos) estão felizes da vida. As duas últimas esperamos para colar todos juntos. Cada um dos guris colou uma. O Bernardo até falou: “Acabou, estava tão legal” — diz Rosiane.
A tecnologia ajuda os colecionadores
As redes sociais e os aplicativos auxiliam muito quem quer completar o quanto antes o seu álbum. Neste ano, diversos grupos no Facebook e no WhatsApp foram criados especificamente para a interação entre os colecionadores.
O estudante de publicidade e propaganda da UCS, Mauro Magnini Dalzochio, criador de um grupo de Whats com cerca de 550 participantes, relata as facilidades com o uso da tecnologia.
— Coleciono o álbum desde 2002 e sempre foi difícil reunir a galera para trocar as figurinhas. Normalmente, era mais na escola ou entre amigos próximos. Só que, com o avanço da tecnologia, o Whats pode nos proporcionar uma forma mais rápida de trocar ideias e fazer os encontros — celebra o universitário.
O Facebook também é muito usado pelos colecionadores. O comerciante Sílvio Ricardo de Carvalho, 44 anos, criou um grupo na rede para ajudar o seu filho Dimitri de Carvalho, 11 anos, a preencher o álbum. Em pouco mais de 15 dias, são 200 participantes.
— A ideia inicial era me envolver mais e mostrar para o meu filho que estava interessado em ajudar ele. E o legal é que está dando resultado, não esperava que tanta gente iria entrar no grupo — ressaltou o comerciante.
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