A segunda passagem de Luiz Carlos Winck no comando do Caxias poderá acabar neste sábado, diante do Nova Iguaçu, às 15h, no Estádio Jânio Moraes, no Rio de Janeiro. Cotado para assumir o Criciúma, o técnico garantiu antes da viagem que todas as suas atenções estão voltadas para o duelo pela quarta rodada da Série D do Brasileiro.
Líder e com sete pontos, o treinador vê o jogo deste sábado como fundamental para a classificação no Grupo 15. Uma vitória e Winck, em caso de saída, deixará o clube praticamente garantido na segunda fase. Restarão duas partidas para fazer dois pontos. Até por isso, o time precisará ser fatal nas suas ações.
— Vai ser um jogo de inteligência. Será fora de casa e eles vão se atirar (ao ataque). Teremos que esperar um pouco e utilizar a minha velocidade e do Eder pelas laterais. O professor pediu para segurar um pouco e usar muito os lados de campo — ressalta o atacante Nathan Cachorrão.
O velocista vive uma realidade diferente neste time do Caxias. Nos trabalhos de preparação, o atacante cumpre uma função de marcação até o fundo de campo, agora ao lado do lateral-direito Geninho. Mas, com a bola, precisa sair em velocidade e completar os cinco atletas que chegam à área adversária.
— O futebol mudou bastante. O atacante de beirada tem que correr atrás do lateral — brinca Nathan.
Em sua origem, Nathan sempre foi o camisa 9. Na base do Inter era o centroavante finalizador, artilheiro. Das comemorações, veio o apelido Cachorrão — por imitar um cachorro numa homenagem à sua avó. Porém, no profissional, a velocidade e a capacidade para o drible prevaleceram. Motivo que o faz agradecer até hoje um antigo treinador, da época de Brasil-Pel.
— Aprendi com o Rogério Zimmermann essa questão tática de ser um extrema. Agora, estou aperfeiçoando com o professor Winck — conta ele.
Nathan é peça-chave no sistema de Winck. Sua velocidade possibilita um contragolpe muito rápido. Ao mesmo tempo, tem capacidade de pressionar a saída de bola adversária e finalizar as jogadas. Só falta acertar a pontaria. Depois de sete jogos, o atacante quer marcar seu primeiro gol com a camisa grená:
— Me cobro muito. Conversei com o Winck e ele também me cobrou. É focar nessa partida, que é importante, no qual poderemos eliminar o Nova Iguaçu. Tem que ser um jogo de inteligência para pontuarmos fora.
O gol seria um presente para Nathan e talvez para o seu comandante, que deve anunciar sua decisão de permanecer ou não no Caxias após a partida.
Sem zona de conforto
O jogo deste sábado tem algumas nuances para o time de Winck. A expectativa é de que o duelo na baixada fluminense seja realizado em uma temperatura bem mais elevada do que na semana passada, em Caxias do Sul, quando a equipe grená goleou por 4 a 1.
O calor pode interferir na forma de jogar do Caxias, mais recuado e explorando um ou outro contragolpe. Porém, Winck não quer o time se preservando.
— A ideia é ter marcação no segundo terço de campo, não baixar demais. No mais, é tentar criar uma ou outra situação e prezar pela manutenção da equipe — destaca o treinador.
Uma vitória grená significa a eliminação do Nova Iguaçu e um passo gigante para estar na próxima fase. Projetando a classificação matemática na primeira colocação, o time não quer baixar a intensidade.
— Não existe zona de conforto. Precisamos estar sempre motivados, determinados, isso que passamos para os atletas. Cada jogo é uma decisão, o torneio é curto, então tem que motivá-los ao máximo. Jogar com alegria com a bola e sem ela ser muito aguerridos — avalia Winck.
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