A bola teima em não cair. Novamente o ataque não funcionou e o Caxias do Sul Basquete/Banrisul perdeu. Desta vez, por 69 a 57 e vê o Mogi com o match point da série. Amanhã, o time caxiense precisará encontrar o caminho da cesta, parar de amassar o aro e renascer nas quartas de final.
O problema até não é falta de volume ofensivo, porque novamente o time do técnico Rodrigo Barbosa produziu para 148 pontos, mas caíram apenas 38,5%. Os erros se multiplicaram ontem, foram 18. As correções terão que ser feitas hoje, se ainda é possível sonhar com as semis.
O plano do Caxias Basquete funcionou no início da partida. A defesa cumpriu com seu objetivo e fechou o garrafão. Só que os problemas ofensivos também se mantiveram, aqueles do Jogo 1, e o time de Rodrigo Barbosa não conseguiu fazer valer o bom trabalho no ataque.
Passados os primeiros cinco minutos de jogo, o placar apontava empate em 6 a 6.
Sob a batuta do MVP da temporada, Cauê Borges, o time caxiense conseguiu abrir vantagem de três pontos faltando pouco mais de três minutos pro fim da parcial. O problema é que num contra-ataque, o time de Mogi empatou e num vacilo da saída de bola, Tyrone fez mais dois: 11 a 9.
Um minuto depois, Cauê roubou bola e Pedro empatou. Não durou. Com Shammel e Larry, do perímetro, os donos da casa abriram seis pontos. E conseguiram se manter na frente e fechou a parcial em 17 a 13.
O Caxias voltou melhor na segunda parte e comandado por Borges, reduziu a vantagem dos mandantes para quatro pontos. O jogo seguiu truncado. A cada ponto mogiano, a resposta de Caxias chegava. A vantagem dos donos da casa não aumentava e eles também não conseguiam ser efetivos no garrafão. A apreensão do ginásio aumentou.
No minuto final, Alex fez do perímetro, baixou a diferença para dois pontos. Mais uma vez não deu tempo para comemorar. Tyrone foi para jogada individual, entrou no garrafão e completou com uma enterrada. Fim de primeiro tempo, muito truncado: 31 a 27.
Não é costume, mas o time do Caxias Basquete ficou os 15 minutos do intervalo no vestiário. Não teve aquecimento para voltar ao segundo tempo e isso parece ter feito diferença. Nem o time se assentou na partida, Shammel e Larry abriram a vantagem para o Mogi na casa dos oito pontos.
O quadro desfavorável piorou na metade do terceiro quarto. Errando passes e jogadas ofensivas, os caxienses viram a vantagem subir para 14 pontos _ o pivô Wesley anotou cinco pontos em um minuto. Rodrigo Barbosa se obrigou a pedir tempo.
Não mudou o quadro. Apenas Cauê Borges conseguia pontuar. Do outro lado, o Mogi insistia, pegava rebotes ofensivos e abria para 15 de frente. A bola teimou em não cair e o aro foi amassado nos ataques do Caxias. O terceiro período acabou em 52 a 40.
Não restava nada mais a fazer no último quarto, se não jogar com a faca entre os dentes. O argentino Cafferata e o ala Cauê Borges entenderam o recado e com dois minutos fizeram os mogianos estourarem o limite de faltas. A diferença caiu para dez.
O Caxias se encaminhava para reagir. Parou quando Shammel calibrou a mão da linha dos três pontos e começou a desenha o caminho da vitória mogiana. Foram três seguidas e que enlouqueceram o ginásio.
Cafferata e Alex até não deixaram a vantagem subir, mas não deu. O Jogo 2 ficou para trás e o Mogi venceu: 69 a 57.