Há exatos 10 dias sem jogos, o Caxias volta a campo na noite desta quarta-feira diante do Veranópolis, na casa do adversário. O duelo, que será às 21h45min no Antônio David Farina, vale para o time grená assumir a liderança do Gauchão de forma isolada em caso de vitória. Se empatar, torce por tropeço do Inter na quinta-feira para seguir solitário na ponta da tabela.
Se o Caxias está invicto na competição, o pentacolor ainda não sabe o que é perder pontos em casa. Foram duas vitórias jogando sob seus domínios. Como visitante, o VEC teve duas derrotas e um empate.
– Será um jogo difícil. A equipe do Julinho é bem armada, tem uma qualidade técnica boa. É um clássico da Serra, nossa motivação é alta. Temos de buscar a soma de pontos necessária para uma situação confortável de classificação – acrescenta Winck.
Comandante do time de melhor ataque da competição, com 13 gols marcados, Winck projeta uma equipe bem postada, mas sempre em busca do ataque:
– Não vamos para nos defender. O Veranópolis sempre tem uma equipe que se posta bem. Defensivamente dificulta muito a infiltração. Temos de ter paciência, será um jogo de xadrez, de detalhes.
Para ser vencedor em um jogo de detalhes, vale até treino fechado nas vésperas de um clássico serrano.
– Eu não sou muito adepto a treino fechado. É uma questão de departamento médico. Se o jogo fosse na sexta-feira (passada), não poderíamos contar com sete ou oito atletas. Houve uma melhora no Laércio, que vamos aguardar. O Túlio Renan voltou, mas o Daniel (Cruz) está bem. O Nicolas treinou ontem (segunda-feira), vamos aguardar a resposta dele – explicou o técnico Luiz Carlos Winck sobre os portões fechados na segunda-feira e ontem.
Se Laércio não estiver em condições de jogo, Geninho será o zagueiro ao lado de Júnior Alves. No ataque, Nicolas e Daniel Cruz estão praticamente confirmados ao lado de João Paulo, com remotas chances de Alex Willian aparecer na equipe.
Outras mudanças em relação à última rodada são o retorno do meia Rafael Gava e a entrada do lateral-direito Igor Bosel como o novo dono da camisa 2, já que Cleiton sofreu entorse no joelho esquerdo na última partida.
Veranópolis tem indefinições na defesa e no meio de campo
Assim como o Caxias, as mudanças no Veranópolis, se ocorrerem, serão por ordem médica. A principal dúvida do pentacolor está no meio-campo.
O volante Jair teve de ser encaminhado ao hospital no último jogo, quando levou uma pancada na cabeça no duelo contra o São Luiz, em casa, e é dúvida. Se não jogar, Fabrício Lusa deve se juntar a Bertotto e Eduardinho no setor. O lateral-esquerdo Jadson também não está confirmado. Muitos jogadores se recuperaram durante a semana, como o goleiro Reynaldo, o lateral-direito Felipe Mattioni, o lateral-esquerdo Romano e o volante Eduardinho.
– São pequenos problemas em virtude da sequência forte de jogos, mas todos devem estar à disposição para o jogo, até porque tivemos uma semana para recuperar. É um jogo difícil, contra o líder. O Caxias vem fazendo um bom campeonato. É um dos grandes clubes do nosso Estado e merece respeito sempre – projeta Julinho Camargo, técnico do VEC.
Dono de uma das melhores defesas e com um sistema com três volantes de origem no meio de campo, o VEC aposta na marcação, principalmente por ter perdido o único armador do grupo, Talles Cunha, por lesão. Segundo Julinho, nem por isso o time vai deixar de atacar o Caxias:
– O importante é tentarmos impor nosso modo de jogar em relação ao deles. Não temos um substituto com as características dele (Talles). Temos uma equipe talvez menos ofensiva, mas nem por isso deixamos de ganhar jogos. Não quero que minha equipe seja tachada como defensivista, até porque ela não é assim.