A briga por vaga no time titular no Caxias segue intensa, ao menos na teoria. À medida que o tempo vai passando e a estreia no Gauchão se aproxima, melhor para os que já treinam entre os 11 desde o começo da pré-temporada.
O lateral-esquerdo Julinho é um desses casos. Mesmo que tenha chegado ao Estádio Centenário em meio a pré-temporada, está praticamente confirmado para o começo do Estadual, diante do Novo Hamburgo, no dia 17 de janeiro.
O jogador, que se diz bastante ofensivo, só não esteve entre os titulares no jogo-treino diante do Sindicato dos Atletas, ainda no começo de dezembro, por um desconforto muscular. De lá para cá, sempre iniciou os treinamentos e, inclusive, o amistoso contra o Veranópolis.
– Estamos bem de laterais. Tanto o Vavá, quanto o Cleiton e o Igor Bosel, na direita. Ninguém é titular no time, mas estou mostrando o meu trabalho e o Winck está vendo. Meu trabalho é o mais simples. Sou um cara ofensivo, mas a disputa é boa. O Vavá é um bom jogador, é muito técnico – avalia o canhoto.
Na tarde de ontem, Julinho iniciou o treino coletivo outra vez entre os titulares. A única ausência do trabalho comandado por Luiz Carlos Winck foi a do volante Régis, preservado por sentir desconforto muscular. Com isso, Marabá foi o volante centralizado no sistema 4-1-4-1.
A equipe titular teve Glédson; Cleiton, Júnior Alves, Jean e Julinho; Marabá; Daniel Cruz, Gilson, Rafael Gava e Túlio Renan; João Paulo.
Nesta atividade, realizada no CT Baixada Rubra, destaque para a marcação pressão na saída de bola adversária. Ao mesmo tempo, Winck pedia movimentação intensa e troca de posicionamento no meio, principalmente do volante Gilson. Ele adiantava a linha com Gava e em outros momentos recuava ao lado de Marabá.
Na reserva, goleiro Lúcio garante empenho de todos por vaga entre os 11
Se entre os jogadores de linha a chance de “roubar” a vaga do companheiro no time titular vai diminuindo, a camisa 1 é ainda mais difícil. Experiência e identificação com o clube não foram suficientes para que o goleiro Lúcio iniciasse a pré-temporada de 2018 entre os 11.
– Só joga um. Quem ganha é o Caxias com essa disputa dos três goleiros que tem hoje. Vou brigar pela minha posição trabalhando forte. A gente brinca que quem está jogando não pode dar brecha para quem está fora – comenta Lúcio, ao falar sobre a concorrência com Glédson e André.
Aos 27 anos, mas com a vivência de duas temporadas no vestiário grená, Lúcio vê que sua função vai além de brigar para ser o goleiro da equipe. Ele também é um dos líderes na adaptação de quem vestirá a camisa do Caxias pela primeira vez.
– Vou para o meu terceiro ano. A vivência no clube é muito importante. Alguns jogadores ainda não tem experiência de Campeonato Gaúcho e do peso da camisa grená. O que já vi e vivo aqui serve para eu poder motivar, alertar, até cobrar os companheiros – argumenta o goleiro.