O técnico Luiz Carlos Winck retorna ao Caxias como uma unanimidade para direção e torcida. Algo novo e que surpreendeu até ao treinador. Para a temporada de 2018, o técnico quer receber ainda mais esse carinho das arquibancadas do Estádio Centenário:
– Agradeço esse apoio do torcedor e vejo que isso será importantíssimo, haja visto que a dificuldade do próximo ano será maior. Teremos uma equipe totalmente nova. Neste ano, tínhamos uma base da copinha regional de 2016. Como este segundo semestre foi parado, demanda mais tempo para organizar bem a casa.
Essa unanimidade do técnico grená reflete nos seus números. Winck teve 60,2% de aproveitamento no comando grená, somando os títulos da Copa Larry Pinto de Faria e do Interior, no Gauchão 2017. Após a eliminação no Estadual, ele assumiu o Criciúma. Tirou o time catarinense da lanterna da Série B, se aproximou do G-4 e foi demitido em uma situação inesperada. E isso o reaproximou do retorno ao Centenário.
Em conversa com o Pioneiro, o treinador falou sobre a pressão que terá pelos bons resultados conquistados nesta temporada, a montagem do grupo de jogadores – que já conta com 16 acertados, entre eles o atacante Túlio Renan, o goleiro Glédson e o zagueiro Geninho, que retorna ao clube – e os objetivos que o Caxias terá em 2018. Confira:
Retorno
Eu tinha uma possibilidade na Chapecoense, meu nome estava na lista e fico feliz por isso. É reconhecimento do trabalho. O Caxias me projetou e consegui fazer um bom trabalho no Criciúma. Foram 54% de aproveitamento e quase alcancei o G-4. Houve a saída e isso faz parte. Mas eu aproveitei o tempo que estive lá.
Eu poderia aguardar mais um pouco antes de acertar com o Caxias e tinha outras possibilidades. Porém, aqui tem uma amizade muito grande. Não é só a questão profissional. Foi o carinho que esteve envolvido no pouco tempo que estive no clube e porque aqui me sinto em casa. Estou gratificado e feliz por essa questão do torcedor ter gostado do meu retorno.
Projeto para o ano
Precisamos pensar o Gauchão primeiro, porque quando finalizar, também teremos muitos bons jogadores no mercado e o Caxias poderá se fortalecer mais para a Série D. Vamos pensar o Campeonato Gaúcho e criar uma situação de sonho na Copa do Brasil. Daqui a pouco, passar por duas fases. Podemos pegar um time grande na estreia, ter um grande público bom e, por que não, passar. Tem que ter o sonho. Queremos fazer uma Copa do Brasil em que possamos ter o nome na história. Para o clube seria excelente. Daria um respaldo financeiro para fazer a Série D. Tudo isso será colocado. Quando se forma um grupo, tem que formar por jogadores que irão comprar essa ideia do clube, de que precisamos fazer um grande campeonato. Vai ter o Gauchão, Copa do Brasil e a Série D. Tudo isso em sequência.
Montagem
O pessoal que toca o futebol do Caxias é muito competente. Só que, inicialmente, tinha uma opção de outro treinador e eu não estava no mercado. Acabou que saí do Criciúma, não sei o que houve na relação com o outro profissional, e houve essa possibilidade. Nós já pegamos o trabalho um pouco encaminhado.
Estamos indicando alguns atletas, conversando, e analisando muitos vídeos. Existe uma dificuldade para se formar uma nova equipe e queremos ter o mínimo de erros, mas eles vão acontecer. Não vamos acertar tudo. Temos que tentar ver o melhor para o Caxias. Buscamos jogadores comprometidos, que vejam que o Caxias é uma grande equipe, com uma visibilidade muito grande. Queremos atletas que vistam a camisa e contribuam para o planejamento de 2018.