Diretores e representantes de 68 escolas de oito coordenadorias regionais de educação participaram de evento promovido pelo governo do Estado, nesta quarta-feira, em Caxias, no Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG).
A ideia foi repassar informações sobre a aplicação de recursos previstos para reformas em instituições. Dez escolas da região abrangida pela 4ª CRE irão receber R$ 150 mil cada uma para reparos estruturais.
Na ocasião, equipes diretivas se apropriaram dos procedimentos, que envolvem desde elaboração de projetos sobre melhorias pontuais, processo licitatório para contratação de empresa com melhor preço e prestação de contas.
– Diretores vão criar comissões de licitação com círculos de pais e mestres para controle. Eles precisam estar cientes, no entanto, que esses recursos só podem ser destinados a reparos e não a outras obras, como novas salas, por exemplo – informa o secretário Estadual de Educação, Ronald Krummenauer.
A titular da 4ª CRE, Janice Moraes, reconhece que os valores são insuficientes para necessidades mais amplas e também admite que algumas instituições que precisam de melhorias não foram contempladas.
– Nas visitas às 122 instituições que compreendem os 14 municípios da 4ª CRE não notei tantas necessidades de reparo, mas é claro que alguns casos são mais delicados. Apesar de o recurso ser pequeno, fico feliz que poderemos melhorar as condições estruturais de 10 escolas.
Segundo ela, algumas ficaram de fora em razão de critérios técnicos de seleção, entre os quais, a quantidade de alunos que são atendidos. Também foram priorizadas instituições que tivessem apontamentos do Ministério Público, pendências de regularização do PPCI junto ao Corpo de Bombeiros e orçamentos de reformas já prontos e compatíveis ao recurso oferecido.
– O número de alunos certamente é considerado. Temos situações como a da Escola Ivanyr Marchioro (no bairro Jardelino Ramos), onde há carências, mas poucas crianças são atendidas, então ela acabou ficando de fora – lamenta.
De acordo com o secretário, muitas instituições que reivindicam investimentos maiores devem ser incluídas em um projeto mais abrangente do governo do Estado que, paralelamente, busca obter novo empréstimo junto ao Banco Mundial (Bird). A expectativa é de que 600 escolas estaduais, das 2,5 mil existentes, sejam reformadas até o final do ano que vem.
Apesar da limitação do valor cedido, para alguns diretores, a ajuda veio em boa hora:
– Queremos reformar os banheiros do andar inferior e, se der, a quadra de esportes. Nossos alunos são de comunidades carentes, então, toda o suporte financeiro é bem-vindo para estimular nossas crianças – afirma a diretora da Dante Marcucci, Liciene Vaccari Boz.