O presidente da Bolívia Evo Morales concedeu entrevista coletiva no Palácio do Governo na manhã desta sexta e confirmou que o militar aposentado Gustavo Vargas Gamboa, gerente geral da LaMia, foi seu piloto, porém assegurou que não sabia que ele tinha outras funções e também que a companhia aérea operava com matrícula boliviana.
De acordo com o a imprensa boliviana, Evo Morales anunciou que irá tomar medidas drásticas e exigir uma profunda investigação do caso, que irá incluir o filho do gerente da LaMia, Gustavo Stevem Vargas Villegas, que seria o diretor geral de Aviação Civil ( DGAC), órgão responsável por conceder as licenças de operação para as companhias aéreas.
Evo Morales disse que foi surpreendido quando ficou sabendo da autorização obtida pela LaMia na Bolívia, já que em outros casos semelhantes ele foi informado, assim como o vice-presidente e o gabinete ministerial. Ele afirmou que todos os pormenores da autorização para a operação da LaMia da Colômbia serão investigados. Cinco pessoas de nacionalidade boliviana morreram na tragédia.
O presidente lembrou que Vargas o transportou em aviões desde o tempo em que era dirigente sindical, e quando chegou a presidente o militar foi o piloto de sua primeira aeronave. Ele ainda contou que há algum tempo via os aviões da LaMia no aeroporto de Cochabamba, e foi informado que eram venezuelanos e se encontravam em manutenção. Inclusive, sugeriu que o avião fosse comprado pela estatal BoA.