Renato voltou autoconfiante como sempre. Não poderia ser diferente. Ele precisa reencontrar o futebol e o ânimo do Grêmio. E sabe que só vai conseguir se mobilizar o elenco. Sua primeira semana já será decisiva.
Nosso eterno camisa 7 abre a terceira passagem como técnico tricolor com duas partidas estratégicas. Amanhã, na Arena, está em jogo a última esperança de título na temporada. Passar pelo Atlético-PR garante vaga nas quartas da Copa do Brasil e ameniza a pressão.
No domingo, também em casa, bater a Chapecoense devolve a tranquilidade no Brasileirão. Se tropeçar, o Grêmio irá para duas rodadas longe de Porto Alegre estacionado nos 37 pontos, já mirando a aproximação de quem vem debaixo.
Renato desembarcou ao melhor estilo motivador. Usou frases de efeito, isolou no discurso o conformismo e evitou críticas aos jogadores. Dará o famoso carinho ao grupo. Espera que a torcida faça o mesmo.
Sem tempo para treinar e com duas peleias de saída, o caminho inicial do treinador passa pela mobilização. Aceitar um contrato de três meses demonstra que ele confia no elenco e no seu trabalho. Espero que esse choque de ânimo seja capaz de virar a rotina de tropeços.
Três volantes
Na primeira entrevista, Renato lembrou que foi vice-campeão brasileiro com três volantes. Espero que a opção imediata não seja bancar a trinca que deu errado com Roger e que James Freitas insistiu, sem sucesso, contra o Flu. Há opções no elenco. De cara, o grande desafio de Renato é acordar Bolaños. Roger não conseguiu motivar e tirar o melhor futebol do gringo.
*Diário Gaúcho