Caxias busca a redenção nesta quarta-feira após 457 dias do rebaixamento no Gauchão

Quis o destino que contra o mesmo time que o Caxias deu o primeiro passo na Divisão de Acesso de 2016 possa ocorrer o decisivo jogo rumo à elite do futebol gaúcho. Se em 12 de março havia um sentimento de apreensão pelo martírio de ter de disputar a Segunda Divisão, o duelo desta quarta-feira, às 15h, contra o União Frederiquense, no Estádio Vermelhão da Colina, em Frederico Westphalen, representa a redenção do clube 457 dias depois do rebaixamento do Gauchão, dia 5 de abril de 2015.

Líder nas duas primeiras fases da competição, a equipe do técnico Beto Campos chegou a titubear no início do quadrangular final, mas as duas vitórias consecutivas diante do Pelotas, uma em casa e outra na Boca do Lobo, trouxeram tranquilidade para a confirmação do título e da volta ao Gauchão do ano que vem.

– É algo que trabalhamos muito para chegar a este momento. Felizmente, estamos nessa situação de ter a possibilidade do acesso com uma rodada de antecedência. Sabemos da dificuldade de enfrentar o União, tivemos um empate aqui no quadrangular e é uma equipe que evoluiu durante a competição. Mas vamos entrar forte para conseguir essa vitória – resumiu Beto Campos.

Será o sexto confronto entre as equipes, sendo que o Caxias saiu vitorioso em quatro e não perdeu nenhum. No último, empate no Centenário. Com oito pontos, cinco a mais que o rival desta quarta-feira, o time grená tem a primeira chance de concretizar o grande objetivo da temporada.

– A pressão é positiva. Agora, é saber manter o que se vem fazendo até aqui. O exemplo está no jogo de Pelotas. São duas partidas para somar os pontos necessários. Se vier agora, ótimo. Em caso de outro resultado, teremos a decisão em casa – projeta Beto.

Campeão da Divisão de Acesso pelo Avenida em 2011, o técnico acredita que o título seria um momento especial na carreira pela responsabilidade de recolocar o Caxias, um dos clubes de maior tradição no Rio Grande do Sul, entre os grandes do futebol gaúcho.

– É uma situação diferente, em um clube com tradição muito grande. Após o ano difícil de 2015, conseguimos uma colocação positiva e rapidamente resgatamos o torcedor. Temos um compromisso muito grande e precisamos estar conscientes para conseguir superar tudo isso que ficou para trás – afirma o comandante grená, que assumiu o time em agosto do ano passado.

A formação titular mais provável tem Marcelo Pitol; Gian, Ícaro, Lacerda e Juliano Tatto; Ramon e Fidélis; Anderson Feijão, Marlon e Nicolas; Dinei (Lorran). Três titulares desfalcam a equipe por suspensão: o zagueiro Geninho, o meia Cleiton e o goleador Jajá.