Presidente Ivo Pagliarini conta como o Brasil-Fa se reestrutura para voltar à elite

Desde 1999, quando foi rebaixado para a segunda divisão, o Brasil de Farroupilha tenta retornar ao grupo principal do futebol gaúcho.  E após 14 temporadas de ilusões frustradas, o sonho nunca esteve tão próximo. A partir desta quinta-feira, às 19h, no Estádio das Castanheiras, o clube irá decidir em dois jogos contra o Ypiranga, de Erechim, o título do primeiro turno da Divisão de Acesso. O campeão garante vaga antecipada na Série A do Gauchão em 2015.

Um dos responsáveis pela reestruturação do clube, o presidente Ivo Pagliarini, empresário do ramo de confecções infantis, garante que o clube está pronto para subir não apenas pelo que tem mostrado dentro de campo. Fora das quatro linhas, um processo de reestruturação iniciado em agosto do ano passado, que passa por gestão compartilhada, conquista de novos parceiros, fidelização do sócio e compromissos honrados com o grupo de jogadores a cada dia 10, começa a dar frutos:

- Eu vim da indústria e meu vice (Sérgio Rossi) veio do comércio. Somos dois torcedores que eram caras novas no esporte e implantamos uma gestão com duas visões de modelo privado, dentro de um clube que é público. Aos poucos, a sociedade começou a acreditar e dar credibilidade ao nosso trabalho. Hoje temos 400 sócios ativos, que contribuem com R$ 100 mês para o clube e cinco parceiros principais que nos ajudam. As coisas estão acontecendo e não nos surpreende que esteja dando certo.

O presidente atesta que também para conquistar a confiança dos jogadores os conceitos empresariais implantados se mostram certeiros:

- Estamos vendendo um ideal. Ninguém está aqui apenas pelo dinheiro, mas por um sonho. É assim que trazemos os jogadores conosco, pois estamos dando a eles a oportunidade de conquistar um sonho, que é estar na primeira divisão do futebol gaúcho. Temos hoje um grupo unido e que tem em mente o mesmo objetivo, que é subir para a primeira divisão.

A direção também projeta ampliar a capacidade do Estádio das Castanheiras, que atualmente suportam 3,5 mil torcedores. A expectativa é de comportar 6 mil rubro verdes já em 2015 e chegar a 15 mil lugares até 2020, com arquibancadas cercando todo o estádio - que mesmo acanhado no tamanho, passou por reformas recentes e não deve em nada a qualquer arena do interior. O sonho do Brasil voltar a ser grande passa pela decisão contra o Ypiranga, primeira grande chance de atingir o acesso. Nas quartas e semifinais, o time mostrou competência e também sorte, avançando nos pênaltis nas duas ocasiões. Se tiver que ser assim contra o Ypiranga, não será problema.

- A sorte faz parte do bom gestor e a gente conta com ela. E do jeito que está, não tem quem nos tire essa vaga. Nossa confiança é total - finaliza o presidente.