Tetracampeão gaúcho, o Farrapos Rugby cresce os olhos no horizonte nacional. Faltando três rodadas para o fim da primeira fase do Super 10, a equipe de Bento Gonçalves está na quinta colocação e busca a classificação inédita às semifinais. Na carona dessa ascensão se encontra o jogador Moisés Capellari, primeiro integrante do time a ser convocado para a seleção brasileira.
Há um mês, o pilar participou de uma semana de treinamentos em São José dos Campos (SP) com os melhores do país, onde acumulou uma porção de percepções alentadoras e conhecimentos para partilhar com os companheiros. Para dimensionar, a comissão técnica da seleção é formada por profissionais da Nova Zelândia, onde o rúgbi é considerado o esporte número um.
- Me integrei com o grupo de alto rendimento e tivemos quatro sessões de treinamentos, com intervalo de palestras sobre sistemas de jogo, condicionamento físico, entre outras questões. Os neozelandeses pediram para ensinar isso para os demais. A ideia é fazer com que as equipes do Super 10, principalmente, tenham o mesmo padrão de jogo, para que os jogadores cheguem na seleção já sabendo como se joga - conta Capellari.
A expectativa também fica pela próxima convocação da seleção brasileira, em setembro. Tendo como base o que presenciou em julho, a possibilidade de mais companheiros vestirem a amarelinha é concreta.
- Falta a seleção começar a olhar mais para o Sul do Brasil. Para mim ficou nítido que a limitação está só na nossa cabeça. O que pesa negativamente é questão de experiência. O que tem mais tempo de rúgbi no Farrapos é o Tito (Luís Francisco Flores, o presidente), com seis anos. Temos qualidade no grupo e jogadores com potencial para disputar vaga na seleção brasileira, que passa por uma fase de renovação. Me falaram que na próxima convocação vai ter muitas surpresas. Com certeza, serão mais jogadores do Farrapos - acredita Capellari.
