A situação de boa parte dos funcionários do Juventude beira a dramaticidade. O terceiro mês sem receber salários chegou. E pior, a solução para que o caso seja resolvido ganha contornos de novela e se estende por um período bem superior ao esperado.
O fundo de investimento inglês que negocia a compra do lateral-esquerdo Alex Telles ainda não realizou o depósito de R$ 1 milhão. Com isso, segue a espera e a angústia nos bastidores do Alfredo Jaconi.
O prazo inicial era a sexta-feira passada. Os dias passam e o discurso de que "a qualquer momento o valor será depositado" ficou defasado.
- Chega uma hora que a paciência esgota também. Estamos em contato direto com eles (o fundo de investimento inglês). Sinto que o negócio está bem encaminhado, mas em negociação de futebol, nunca se pode dizer que está fechado até o dinheiro entrar na conta - comenta o superintendente de futebol Alexandre Barroso.
Diferente das outras vezes, quando se determinava um prazo para o dinheiro entrar na conta, a direção do Juventude tateia às cegas à espera da quantia que é a esperança do clube para honrar os compromissos salariais e se livrar de ações trabalhistas e da lupa do Ministério do Trabalho.
- É volátil dar um prazo agora, estamos esperando o Demore (presidente, Raimundo Demore) voltar do Caribe para decidir como agir - admite Barroso.
Enquanto a situação não se define, o time segue treinando para enfrentar o Inter B pelas semifinais da Copa Hélio Dourado. O primeiro jogo será no domingo, às 17h, no Alfredo Jaconi.
Situação crítica
Sem o dinheiro da venda de Alex Telles, funcionários do Juventude seguem sem receber
Direção evita dar novo prazo para encerramento da negociação
Maurício Reolon
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