É medonho o desempenho de Inter e Grêmio neste Campeonato Brasileiro. Tudo bem, um pouco menos que isso.
Medíocre, então. É mediocridade pura.
Tanto na vitória do Grêmio por 2 a 1 sobre o Atlético-MG no Olímpico quanto na derrota do Inter para o Corinthians por 2 a 0 no Pacaembu, um aspecto uniu colorados e gremistas: a ruindade.
Com o futebol mostrado até agora, a Dupla Gre-Nal vai ficar ruminando o meião da tabela até dezembro.
Alguém dirá que o Grêmio ganhou. Mas eu falo do futebol. O futebol do time do técnico Silas foi limitadíssimo. Não havia Borges e Jonas, além de outros desfalques menos votados. Verdade. Com William e Roberson é duro.
Sim, mas e o Atlético-MG, que a muito custo conseguiu relacionar seis jogadores para o banco de reservas?
O Corinthians não teve Ronaldo, Jorge Henrique e Chicão, improvisou Jucilei na lateral-direita, passou longe da força máxima. E ganhou do Inter. O Corinthians, aliás, levou a campo o sexto time diferente em seis rodadas. Vai ser assim o campeonato todo. Ausência de titulares não é desculpa.
É fato: o futebol de Inter e Grêmio, na média destas seis rodadas, é medíocre.
Ontem, o Grêmio terminou o jogo pressionado pelo Atlético-MG. Parecia time do interior se defendendo no Gauchão. Um drama.
O empate não aconteceu por sorte, incapacidade dos atacantes adversários e competência do goleiro Victor. Os gols vieram de bola parada, nos cabeceios oportunos de Hugo a partir de cobranças de Rochemback. Não vieram de jogada trabalhada, tabelas, aproximação, infiltração. Cruzamento Futebol Clube, em resumo.
E o Inter? Bem, o Inter nem se fala. Foi de dar medo. Perdeu ao natural para o Corinthians.
Para encarar a Libertadores, o próximo técnico terá que trabalhar duro. Os vícios herdados de Jorge Fossati são notórios. O time é estático. Os meias não entram na área, isolando os atacantes. Os laterais não chegam ao fundo. É matemática: se os meias não chegam perto da área e os laterais não passam, como surgirão triangulações pelos lados para abrir espaços?
Mediocridade medonha.
É o resumo de Inter e de Grêmio no Brasileirão.
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Inter e Grêmio, unidos pela mediocridade
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